Investidores de ETFs começaram 2015 "virados" para os mercados de ações

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Janeiro no Banco BiG foi sinónimo de “forte procura por produtos que permitam a exposição ao segmento accionista” no âmbito dos ETFs, começa por dizer Isabel Soares, gestora de produto da entidade, que prossegue referindo que “a tabela de títulos mais negociados (por volume) contempla produtos que partilham algumas particularidades: todos permitem exposição ao segmento accionista e todos são versões Long (permitem, por isso, tirar partido de movimentos de valorização no mercado)”. Em termos de destaque do mês,  especialista faz referência “à negociação do ETF iShares MSCI Switzerland que consta, pela primeira vez, da lista de títulos com maiores volumes negociados”. Explica que “a decisão do Banco Central da Suíça de abandonar a ligação do franco ao euro gerou, no imediato, uma desvalorização bastante acentuada no índice bolsista do país”, e que “para muitos investidores, este movimento de queda trouxe uma oportunidade de entrada a níveis interessantes. Este factor terá sido fundamental para os inflows significativos observados no período”. Relata ainda que “subjacentes como o Euro Stoxx, S&P e DAX atraíram também o interesse dos investidores (cada um destes subjacentes está representado na tabela de ETFs mais negociados com dois produtos distintos)”, enquanto que “o ComStage ETF PSI 20, produto sobre o principal índice bolsista português, voltou também a registar inflows interessantes no mês”.

Tendência semelhante aconteceu no Banco Best e é testemunhada por Carlos Almeida, que explica que “o mercado acionista esteve em destaque no mês de janeiro, registando-se uma maior procura por ETF de ações globais, EUA e Japão”. Ao nível do mercado acionista global, “a escolha foi para o ETF - iShares MSCI World EUR Hedged UCITS ETF EUR, que investe maioritariamente em ações dos EUA, Japão, Reino Unido e Canadá utilizando instrumentos financeiros que permitem realizar proteção cambial”. No mercado europeu, por seu lado, “o destaque foi para o ETF iShares Euro Stoxx 50 UCITS ETF que investe nas 50 empresas mais líquidas da Europa e no ETF iShares MSCI Japan EUR Hedged UCITS ETF EUR, que permite o investimento a 100% no mercado japonês sem risco cambial”. No mercado americano, diz que a escolha do mês de dezembro se mantém “com a seleção do ETF que investe em empresas do setor farmacêutico e biotecnológico do mercado Nasdaq - ETF iShares Nasdaq Biotechnology ETF”. Ao nível do mercado obrigacionista a preferência aconteceu “através do ETF da sociedade gestora Amundi, que investe em obrigações governamentais de qualidade creditícia superior (investment grade) de membros da zona europeia”.

João Graça, do ActivoBank, por seu lado relata que na entidade se “continua a verificar sempre ETFS alavancados como a principal solução de investimento dos nossos clientes”. Aponta que no top há já vários meses “vemos o ETF sobre o VIX como sendo o preferido dos nossos clientes para acompanhar momentos de maior volatilidade no mercado”. Indica que “com a cada vez maior expectativa do anúncio do QE do BCE, vimos uma tendência clara dos investidores para se posicionarem para uma subida dos mercados acionistas tanto a nível geográfico (Alemanha e EUA por exemplo) como a nível sectorial com o setor tecnológico, imobiliário e financeiro na linha da frente”.