Instituto BBVA de Pensões volta a avaliar o conhecimento dos portugueses acerca das pensões

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Cedida

Na 2ª sondagem que o Instituto BBVA de Pensões elabora, com vista a perceber os hábitos de poupança em Portugal, existem algumas conclusões que diferem da 1ª sondagem levada a cabo há quase um ano atrás, aquando da apresentação do site "A minha pensão". 

Na apresentação denominada de “A minha pensão”, Adelaide Marques Cavaleiro, diretora da BBVA Asset Management Portugal, conduziu precisamente os resultados da sondagem feita em setembro de 2014. A primeira conclusão frisada pela profissional prende-se com o grau de poupança efetuada. “Apesar do nível de famílias que são capazes de poupar ter caído ligeiramente (de 40% para 34%), isto acontece por incapacidade e não por escolha”, referiu. Os que conseguem poupar, segundo os dados do Instituto, fazem-no sem uma finalidade específica. “Tem a ver com aspectos culturais dos portugueses”. reforçou.

Outros dos tópicos relevados foi a diminuição da idade média para começar a poupar. “A idade para começar a poupar diminuiu ligeiramente situando-se nos 29 anos, face aos 33, idade apontada no último inquérito”. A sondagem que o Instituto elabora traça também tendências sobre a preocupação acerca da reforma. “Observou-se uma clara diminuição desta preocupação, tendo passado de 72% para 66% a percentagem de inquiridos que considera que este é um assunto que os preocupa bastante”, sublinhou.

Embora tenha diminuído ligeiramente  a percentagem face à última sondagem do ano passado, a maioria dos entrevistados (89%) continua a acreditar que a necessidade de poupar para complementar a reforma é essencial. No entanto, na apresentação frisou-se que “o nível de desconhecimento sobre esta temática, e concretamente sobre o número de anos de contribuições exigidos para receber uma pensão de reforma completa, continua a ser muito elevado e em linha com os números de 2013”.

Entidades financeiras: são a referência

Tal como já acontecia no ano passado, as entidades financeiras continuam a ser o ponto de referência em termos de fonte de informação. Segundo a sondagem,  60% das pessoas escolhem o seu assessor ou o seu banco para obter informação sobre a temática. “Abre-se um grande potencial para o sector financeiro, ao serem consideradas as instituições financeiras como ponto de referência para a procura de informação e a fonte de compensação do referido défice de informação”, sublinham.

Planos e Fundos de Pensões Profissionais e Individuais: 9% do PIB

Tendo havido tempo ainda para uma comparação entre o sistema de pensões de Portugal e Espanha, Jorge Miguel Bravo, Membro do Fórum de Especialistas do Instituto BBVA de Pensões, deixou algumas considerações sobre o assunto. Em resumo, e vincando que as diferenças entre um e outro sistema não são assim tantas, referiu que em Portugal “colectivamente os sistemas de pensões, tanto públicos como privados, não têm um caminho fácil pela frente. Ambos necessitam de regras claras no seu funcionamento, de forma a que haja uma fiabilidade para o futuro”.

Especificamente sobre os Planos e Fundos de Pensões Profissionais e Individuais, Jorge Miguel Bravo fez questão de indicar que em 2013 o montante gerido por estes produtos representava 9% do PIB nacional. Realçou ainda “o aumento da importância dos planos de contribuição definida e a diminuição dos planos de benefício definido”.