Indicador de poupança fecha no valor mais baixo de 2016

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Orange Barn, Flickr, Creative Commons

O indicador de poupança, que é elaborado de forma conjunta entre a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) e a Universidade Católica desceu ligeiramente no mês passado, face ao mês anterior, passando de 48,5 para 47,7 pontos, fazendo com que se registasse o valor mais baixo do ano passado. "Em 2016, apesar do Indicador ter registado uma subida no 1oT do ano, passou depois para uma tendência continuamente negativa até atingir o valor mais baixo do ano em dezembro", conforme se pode ler no comunicado oficial. O gráfico seguinte mostra a evolução do indicador de poupança desde o final do ano 2000.

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O comunicado conjunto das duas entidades mostra, ainda, que "a atualização global do Indicador APFIPP/UCP resultou em alterações muito ligeiras na tendência da poupança das famílias em % do PIB, medida pela variação trimestral da série alisada, que está agora muito próxima, mas ligeiramente abaixo, dos -0,12 pontos percentuais do PIB por trimestre. Em termos agregados, as famílias têm diminuído a sua taxa de poupança em cerca de 0,12-0,13 pontos percentuais do PIB em cada trimestre desde setembro de 2013".

Último mês do indicador

A Associação revela, também, que esta foi a última informação prestada no âmbito do Indicador de Poupança. De acordo com a APFIPP, "a criação deste serviço tinha por objectivo promover uma maior sensibilização dos Portugueses para a necessidade de aumentar o seu nível de poupança". Dão ainda o exemplo, de que em Portugal se continua  a "acumular um nível elevado de dívida (das famílias,das empresas e do Estado) com um baixíssimo nível de poupança. O resultado mais óbvio desta realidade é a inexistência de capital nacional e a dissolução do conceito de independência nacional", referem.

"A APFIPP promoveu, com a colaboração técnica da Universidade Católica, a criação de um Indicador avançado, que projectava estatisticamente para o mês corrente o comportamento da poupança. Era um projecto tecnicamente estimulante e os resultados quantitativos foram à altura dos objectivos traçados", evidenciam no comunicado oficial. Desta forma, "apesar dos constantes avisos, durante estes seis anos da vigência do Indicador, sobre a contínua diminuição da poupança, a realidade das famílias portuguesas seguiu indiferente ao conhecimento do problema. Pelo que concluímos que a existência do nosso indicador não tinha resultados práticos. Assim sendo e porque este serviço constituía para nós um custo relevante, decidimos poupar, liquidando o serviço", concluem.