High yield e emergentes: as áreas de investimento que impulsionaram os resgates em abril

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d o l f i, Flickr, Creative Commons

Continuam a ser algumas, as razões que impulsionam os investidores a sair dos fundos de investimento nos quais investem. No mês de abril, nas três plataformas nacionais que disponibilizam fundos estrangeiros, continua denotar-se que os resgates se efetuam no sentido de evitar algumas opções mais arriscadas e menos “confortáveis”. 

João Graça, do ActivoBank, assinala que no quarto mês do ano os resgates aconteceram no sentido de se concretizarem mais valias, ao mesmo tempo que também se verificou “a saída de países onde as notícias não são positivas, como é o caso da China”. Salienta igualmente o sector de high yield, que “surge também em destaque com os clientes a optarem por reduzir a exposição a um setor tão dependente do impacto das notícias em torno da Grécia (High Yield Europa) ou dos preços do petróleo ( High Yield EUA)”.

Já do Banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto assinala que o mês de abril “ficou marcado pela correcção a que assistimos na generalidade dos índices europeus na segunda metade do período”. Por isso, “com a incerteza a dominar o mercado, muitos investidores optaram por reduzir a exposição da carteira a fundos com estratégias mais direccionais e arriscadas”. Neste sentido, os outflows na entidade aconteceram “em fundos com um e enfoque em mercados emergentes, médio oriente e europa de leste”. Na região europeia, que foi a mais penalizada no decorrer do mês, “os principais outflows registaram-se em fundos de acções com exposição aos mercados ibéricos, com os investidores a realizarem algumas das mais-valias acumuladas ao longo dos últimos meses”, conta a especialista.

Em linha com as tendências dos meses anteriores, no Banco Best, Rui Castro Pacheco, head of asset management, conta que “os fundos mais resgatados continuam a ser os fundos de tesouraria e, em menor escala, alguns fundos de obrigações High Yield”.