Grécia: “Situação pode acabar por alterar dinâmica económica europeia”

RCP
Maximo Garcia

Em mais uma análise dos pontos a reter para a próxima metade do ano, o Banco Best marca nas suas palavras a necessidade de se continuar a olhar para a dinâmica dos 3 principais blocos económicos: os EUA, a Europa e a China.

“Acreditamos que os EUA podem apresentar bons indicadores e manter a dinâmica de crescimento e que a Europa pode confirmar também a sua recuperação”, começam por explicar da plataforma que distribui fundos de investimento. Um olhar ainda mais atento, dizem, vai ser necessário relativamente à China, “que atualmente necessita de maior monitorização para percebermos se mantém os níveis saudáveis de crescimento entre 6% e 7%”.

Surpreendente: Grécia fora da União Europeia

Por esta altura, claro, as atenções redobram-se em relação à Grécia. Embora seja “uma questão  mais política do que económica”, do Best entendem que a situação grega “pode acabar por alterar a dinâmica económica europeia”. Um factor surpreendente seria, na perspetiva do Best, “a Europa deixar cair a Grécia, ou a Grécia saltar para o precipício”.

Relativamente a cada uma das grandes regiões, a entidade espera que os dados nos EUA confirmem “uma economia a crescer com alguma força”. Preveem um crescimento entre os 2 e os 2,5% para economia norte-americana durante este ano. Do lado do velho continente a expectativa passa pelo facto de “o euro fraco e do petróleo na casa dos 60 USD” poderem trazer boas notícias e, por isso, o crescimento europeu poderá aproximar-se dos 2%. Por fim, na China, “o governo deve conseguir manter o crescimento perto dos 7% e ajudar à estabilização das economias à sua volta”.

“Fora” das commodities

Na parte dos investimentos, a entidade destaca que embora continuem com uma sobreponderação a ações, “reduziram um pouco a exposição ao risco”. Ao nível das obrigações, a entidade passou “a deter uma componente de obrigações com taxa variável”, enquanto se mantêm fora do universo das commodities. Acrescentam também que ao longo do ano têm mantido uma parte da alocação a estratégias alternativas “que possam não estar dependentes das subidas e descidas dos mercados”.

(Na foto: Rui Castro Pacheco, Head of Asset Management do Banco Best)