Gestoras de patrimónios “refugiam-se” na liquidez

liquidez_
jayneboo, Flickr, Creative Commons

Em janeiro a gestão de patrimónios em Portugal encolheu, o que segue a linha de outros segmentos de negócio da indústria financeira. Dos 59,7 mil milhões de euros existentes neste segmento em dezembro do ano passado, uma parcela significativa perdeu-se, com o montante de janeiro a fixar-se nos 59,1 mil milhões, segundo os dados revelados pela APFIPP.

Fundos de investimento: queda em toda a linha

O investimento em fundos de investimento também a abrandou no período. Segundo o que relata a Associação tanto o investimento em fundos da União Europeia, como o dinheiro aplicado nos domiciliados em Portugal decresceu no primeiro mês do ano. No caso dos fundos da União Europeia, o abrandamento foi dos 3.788 milhões de euros, para os 3.624 milhões de janeiro. Já o abrandamento referente aos fundos domiciliados em Portugal, foi ainda maior. O montante de 1.818 milhões de euros existente em dezembro, passou para os 1.762 milhões do final de janeiro. Igualmente, também os fundos domiciliados noutros países abrandaram em termos de investimento nas carteiras destas gestoras de patrimónios.

Mais Liquidez

Analisando a evolução das aplicações das sociedades gestoras de património por mercado de investimento, outra das conclusões que se tira no mês tem a ver com o investimento em ‘liquidez e noutros activos’. O investimento nesta rubrica teve uma evolução de quase 2% de um mês para o outro, e no final de janeiro já ultrapassava os 8 mil milhões de euros nas carteiras que gerem patrimónios.

Sair do nacional

Tal como aconteceu com os fundos domiciliados em Portugal, também o investimento em valores mobiliários portugueses abrandou no período em causa.  A Associação revela que o montante investido pelas gestoras de patrimónios nesta classe de ativos chegou aos 19.192 milhões de euros, comparativamente com os 19.410 milhões de dezembro do ano passado.