Fusões e aquisições: Espanha com o pé em Portugal?

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Fevereiro voltou a ser um mês pouco ativo no que diz respeito ao mercado de private equity em Portugal. As informações divulgadas pela Transactional Track Record (TTR) indicam isso mesmo.  No acumulado do ano, dizem, foi apenas registada uma transação envolvendo empresas de Private Equity – a entrada da Pathena na estrutura acionista da Brisa Inovação e Tecnologia - sendo que o volume movimentado nesta operação não é conhecido.  

Relativamente às operações envolvendo empresas de venture capital os números são mais risonhos. Desde o início do ano já foram registadas cinco transações, ou seja, 14,70% do total de transações de venture capital em 2014. Sublinha-se que, tanto em operações de Venture Capital, como de Private Equity, o subsector que continua a atrair mais investimentos é o da Tecnologia.

15 Transações de M&A em fevereiro

No que diz respeito ao mercado de fusões e aquisições “o caso muda de figura”.  Em fevereiro registaram-se 15 transações, entre anunciadas e concluídas, incluindo a aquisição de ativos. O total de transações movimentou 1.632,8 milhões de euros, o que perfaz um valor movimentado superior ao do mesmo mês de 2014 e 2012. Já o número de operações realizadas ‘bate’ a contagem de fevereiro de 2012 e 2013. No acumulado do ano, as transações registadas no mercado nacional já ascendem a 43, com um volume movimentado de aproximadamente 9.404,8 milhões de euros.

Empresas espanholas: as mais ativas

Relativamente às aquisições realizadas por empresas estrangeiras em Portugal, denota-se o dinamismo espanhol. A TTR no relatório mensal indica que desde o início do ano as empresas espanholas são as mais ativas, com um somatório de sete operações, que representam 46,6% do total adquirido por Espanha em todo o ano passado em território nacional.

Na habitual transação destacada do mês pela TTR, é apontada a aquisição realizada pela Cofidis Participations de 85,92% do capital social do Banif Mais, pertencente ao Banif Banco Internacional do Funchal. A transação foi de 352,28 milhões de euros e teve como assessores jurídicos a Bredin Prat, a Uría Menéndez – Proença de Carvalho e a Cuatrecasas, Gonçalves Pereira de Portugal.