Fundos mais defensivos lideraram captações líquidas em fevereiro

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Corealina, Flickr, Creative Commons

Segundo mês do ano, segundo mês em que as captações líquidas nos fundos mobiliários nacionais registaram saldo positivo. Pelo terceiro mês consecutivo, o valor foi positivo. Depois de em dezembro passado o saldo ter sido positivo na ordem dos 160 milhões, e de em janeiro o montante ter rondado os 19 milhões de euros, o mês de fevereiro trouxe o montante para um valor superior a 158 milhões de euros, de acordo com os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios - APFIPP.

Dos 170 produtos que compõem o mapa dos mobiliários geridos por entidades nacionais, o fundo que mais entradas líquidas registou foi o BPI Liquidez, que é da responsabilidade da BPI Gestão de Activos. Este fundo, que liderou as captações líquidas ao longo do ano passado, registou entradas líquidas de dinheiro de 80,8 milhões de euros no mês de fevereiro. De acordo com a classificação da Associação, este fundo é de Curto Prazo, ou seja, investe "em activos caracterizados por uma elevada liquidez" e devem ter "em permanência mais de 50% da carteira investidos em valores mobiliários e depósitos bancários com prazo de vencimento residual inferior a um ano", sendo que "não podem investir em acções ou outro activo que confira o direito de subscrição ou aquisição de acções".

Com quase 30 milhões de euros de saldo entre subscrições e resgates, vem mais um produto da BPI Gestão de Activos: o BPI Monetário de Curto Prazo. A APFIPP classifica esta fundo de FIA Monetário de Curto Prazo, o que quer dizer que se trata de um produto não harmonizado, que é constituído "sem observância das regras definidas no Capítulo II do Título III do Novo Regime Geral dos OIC aprovado pelo Lei n.o 16/2015, de 24 de Fevereiro". Em termos de investimento, os produtos desta categoria "investem exclusivamente em instrumentos do mercado monetário e depósitos bancários de qualidade elevada, unidades de participação de Fundos do Mercado Monetário de Curto Prazo e de FIA Monetário de Curto Prazo e instrumentos financeiros derivados, sendo que, no caso de instrumentos derivados cambiais, o investimento só é possível para fins de cobertura de riscos". 

A fechar o top 3 vem mais um produto de Curto Prazo, no caso o Santander Multitesouraria. Gerido pela Santander Asset Management, o fundor registou entradas líquidas de dinheiro no valor de 25 milhões de euros, tendo superado dois fundos da Caixagest: o Caixagest Seleção Global Moderado e ainda o Caixagest Ações Líderes Globais. O primeiro, trata-se de um fundo multiativo defensivo que registou captações líquidas no valor de 22,3 milhões de euros; enquanto que o segundo foi o fundo de ações que apresentou as maiores entradas líquidas em fevereiro, com mais de 14,2 milhões de euros.

Os fundos com mais de dez milhões de euros em captações líquidas

Fundo Gestora Categoria APFIPP Captações líquidas
BPI Liquidez BPI Gestão de Activos Curto Prazo Euro 80 844 100 €
BPI Monetário Curto Prazo - FIA BPI Gestão de Activos FIA Monetário de Curto Prazo 29 709 300 €
Santander MultiTesouraria Santander Asset Management Curto Prazo Euro 25 025 000 €
Caixagest Seleção Global Moderado Caixagest Fundos Multi-Activos Defensivos 22 329 100 €
Caixagest Ações Líderes Globais Caixagest Ações: Outros Fundos Internacionais 14 254 100 €
BPI Reforma Segura PPR BPI Gestão de Activos Fundos PPR 13 394 600 €
BPI Obrigações Mundiais BPI Gestão de Activos Obrigações Internacional 12 645 100 €
NB Portugal Ações GNB Gestão de Ativos Ações Nacionais 12 161 500 €
Caixagest Seleção Global Defensivo Caixagest Fundos Multi-Activos Defensivos 11 718 400 €

Fonte: APFIPP no final de fevereiro de 2017.