Fundos imobiliários portugueses com retorno negativo no trimestre

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Images_of_Money, Flickr, Creative Commons

Os fundos imobiliários portugueses tiveram um retorno total anualizado de -1,6%, em Março, o que corresponde à segunda queda trimestral consecutiva, de acordo com o índice APFIPP/IPD.

Trata-de do segundo trimestre consecutivo em que a rendibilidade de situa em terreno negativo “é a ‘performance’ anual mais baixa registada por este índice”, revelando uma contracção de 0,4% face ao retorno anual obtido no final de 2012 e de 2,5% relativamente a Março do ano passado, de acordo com o comunicado divulgado por ambas entidades.

“A prolongada estagnação da economia portuguesa tem colocado as rendas do mercado imobiliário numa pressão contínua, o que permite entender os resultados registados”, refere António Gil Machado, director do IPD Portugal e Brasil.  E acrescenta que, “num ambiente de quebra dos valores de arrendamento e aumento da taxa de desocupação, os valores de capital têm também vindo a ajustar-se”.

Os fundos mobiliários portugueses tiveram no referido período um desempenho inferior quer às acções (MCSI Portugal), quer às obrigações (índice de retorno das obrigações do Tesouro com maturidade de 7-10 anos publicado pela JP Morgan), sendo o declínio “evidente em ambas as categorias dos fundos”, ou seja, tantos no abertos como nos fechados.

De acordo com o comunicado, os fundos abertos tiveram um retorno anual total de -0,7%, enquanto nos fundos fechados o retorno foi negativo em 3,9%, ambos com quedas na casa dos 200 pontos base relativamente a Março de 2012.

Ainda na análise aos resultados, António Gil Machado salienta que “é necessário ver uma recuperação do ambiente económico, para assistirmos a uma retoma na valorização imobiliária”.

No primeiro trimestre deste ano foi acrescentado o fundo de investimento imobiliário Solução Arrendamento à amostra monitorizada pelo índice, que é patrocinado pela PwC e integra 39 fundos, com um valor total de activos sob gestão de sete mil milhões de euros (Março de 2013).