Fundos globais, sectoriais e de maior risco: a onda de resgates em janeiro

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REphotography3, Flickr, Creative Commons

Nas plataformas nacionais o mês de janeiro foi de cautela para os investidores do BiG, Best e ActivoBank. Segundo o que as plataformas relatam à Funds People, no primeiro mês do ano houve espaço para vários tipos de resgate, que “afectaram”, por conseguinte, diversos tipos de fundos de investimento.

Segundo o que relata Rui Castro Pacheco, do Banco Best, “este mês verificou-se um fluxo de resgates um pouco mais genérico nas várias classes de ativos”.  Da entidade acreditam que “alguns investidores, aproveitando a maior volatilidade, aproveitaram para reconstruir as suas carteiras e ajustar as suas participações em determinados tipos de áreas”

Do BiG, por seu turno, surpresas também não foram grandes no que toca aos resgates, pois “com um início de ano marcado por um sell off generalizado e elevados níveis de volatilidade no mercado, as tendências verificadas no que diz respeito aos resgates de fundos de investimento”, registaram-se em fundos com estratégias mais direccionais, e que “incorporam tradicionalmente maiores níveis de risco”, diz Isabel Soares. A preocupação dos investidores, diz a profissional, conduzi-os à preocupação “em assegurar uma redução dos riscos da sua carteira”. Nesse sentido, “as maiores saídas verificaram-se em fundos com enfoque sectorial (por exemplo fundos de acções do sector imobiliário, tecnologia, saúde, etc...)  ou em fundos com políticas de investimento focadas, do ponto de vista geográfico, em áreas emergentes”.

Do ActivoBank, João Graça, destaca que os fundos globais foram o grande destaque ao nível das saídas, o que “aparenta que os clientes estão a assumir eles próprios a alocação de ativos”.