Fundos flexíveis na palma da mão

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michele cat, Flickr, Creative Commons

A flexibilidade é uma das palavras que melhor descrevem o ano de 2015 no que toca aos mercados financeiros. Uma das formas de “medir este sucesso” pode dizer-se que é através dos fundos flexíveis. De acordo com a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – os fundos flexíveis são produtos que “não assumem qualquer compromisso quanto à composição do património nos respectivos documentos constitutivos”.

A categoria em que a Associação engloba estes produtos é composta por quase 20 produtos, embora nem todos existam há mais de cinco anos. Nesse prazo, existem três que conseguem superar a rendibilidade de 4%. Esse trio de produtos é gerido por duas entidades: a Optimize Investment Partners e ainda a GNB Gestão de Ativos.

Da primeira entidade "vem" o produto líder do segmento nos cinco anos anteriores ao final de outubro. Trata-se do Optimize Investimento Activo que regista uma rendibilidade anualizada de 6,2%. O seu património ultrapassa os 11 milhões de euros com o maior investimento em carteira a pertencer a dívida pública francesa. Encontramos, ainda, o ETF iShares Euro Government Bond 1-3y, gerido pela iShares que foi eleito o Melhor Fundo Estrangeiro de Obrigações Curto Prazo Euro nos últimos Morningstar Awards. Dívida corporativa da NOS e ações da Sanofi e da Exxon completam os cinco maiores investimentos em carteira no final de setembro.

Já da GNB Gestão de Ativos, acima de 4% de rendibilidade, surgem os fundos NB Plano Crescimento e ainda o NB Plano Prudente.

Ambos os produtos são geridos por Marta Martins. O primeiro com uma rendibilidade de 5,05% e com quase 4,5 milhões de euros em património. A maior posição em carteira pertence a um futuro sobre o índice nipónico Nikkei 225, sendo seguido por diversos produtos da mesma casa de investimento (NB Ações Europa, NB Momentum ou NB Obrigações Europa) ou de casas internacionais (BSF European Opportunities da BlackRock). No último relatório publicado sobre o produto, referente ao mês de setembro, a gestora sublinhava o facto dos “fundos de retorno absoluto focados em moedas e em estratégias longas/curtas e o beta zero no mercado de ações” e ainda as “posições de proteção via futuros sobre o EuroStoxx 50”, terem sido os aspectos mais positivos do mês, tendo ajudado o fundo a valorizar.

Já o NB Plano Prudente gere um património superior a 18 milhões de euros e registou, no período em análise, uma rendibilidade anualizada de 4,08%. Nas três maiores posições do fundo encontramos outros produtos da GNB Gestão de Ativos, como é o caso do NB Momentum, do NB Ações Europa e ainda do NB Obrigações Europa. No último relatório do produto, referente ao último mês do terceiro trimestre do ano, a gestora mantém, para 2015, uma” visão favorável e a convicção de que a volatilidade irá permanecer”.

Com praticamente 4% de rendibilidade  - 3,99% - surge o CA Flexível. Gerido por Fernando Nascimento da CA Gest, o fundo no final de outubro tinha um património superior a 16 milhões de euros. No final de setembro os maiores investimentos em carteira eram títulos de dívida soberana de países como Alemanha, Itália ou Holanda.

Os fundos flexíveis nos últimos cinco anos

Fonte: APFIPP no final de outubro.