Fundos de obrigações alargaram presença na lista de mais subscritos nas plataformas

Os elevados níveis de volatilidade que as bolsas experimentaram nos meses de agosto e setembro, aparentemente, foram um ‘aviso’ para os investidores. Como se costuma dizer “gato escaldado de água fria tem medo” e, por isso, na lista de fundos estrangeiros mais subscritos nas plataformas em setembro denota-se uma presença superior de fundos de obrigações, comparativamente com outros meses de análise.

Ao todo são 11 os fundos de obrigações que se “contam” quando se analisa a lista de mais subscritos no BiG, Banco Best, ActivoBank, e na plataforma de fundos do Banco Invest. Contudo, a flexibilidade e a diversificação continuam a ser palavras de ordem quando se fala deste universo de fundos. Quatro dos mais subscritos (na tabela abaixo a amarelo) são fundos de obrigações flexíveis (totalmente habituados da figurar desta lista).

Objetivos de dois dos flexíveis ‘mais conhecidos’

Neste rol falamos por exemplo do JPMorgan Income Opportunity Fund, gerido pela J.P. Morgan AM, ou do The Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond Class L EUR Q Inc, a cargo da Jupiter AM. No caso do primeiro, Jonathan Sachs, especialista de produto de obrigações da gestora, explicava em julho, que este fundo tem essencialmente três objetivos: preservar o capital, obter rentabilidades positivas em períodos de rolling a 12 meses e consegui-lo com uma baixa volatilidade. Já sobre o produto da Jupiter, foi também na primeira pessoa que em março deste ano Katharine Dryer, Product Specialist Director da entidade, contava à Funds People que esta estratégia embora não seja de retorno absoluto, é encarada como tal quando o assunto é a sua gestão. Sucintamente, a carteira deste fundo é composta por duas partes: uma delas investida em high yield, e outra com um enfoque maior em posições de maior liquidez e segurança.

Diversificar: da taxa fixa à variável em diferentes moedas

A flexibilidade, na lista em análise, ganha também forma, por via de outros produtos de obrigações. O Shroder ISF Euro Bond Acc, gerido pela Schroders e o JP Morgan Funds US Aggregate Bond D, a cargo da J.P. Morgan AM, são os dois fundos de obrigações diversificadas que figuram. No caso do primeiro, o seu objetivo passa pelo investimento “numa carteira de obrigações e de outros títulos de taxa fixa e variável denominados em euros e emitidos por governos, agências governamentais, emitentes supranacionais e empresas”, ao passo que o segundo “olha” para “títulos de taxa fixa e variável denominados em USD ou, dentro de determinados limites, em outras moedas relacionadas ou cobertas pelo USD”.

Naturalmente, pelas caraterísticas referidas, as carteiras de ambos diferenciam-se: o fundo da Schroders tem nas suas cinco maiores posições, segundo o site da Morningstar, títulos de dívida italiana, francesa, alemã e espanhola, enquanto no produto da J.P. Morgan saltam à vista os investimentos em títulos do tesouro norte-americano, e ainda um fundo monetário da casa.

“Mescla” de opções

Os restantes fundos de obrigações são uma “mescla” de diferentes abordagens: por um lado encontramos dois fundos de obrigações convertíveis (JPMorgan Global Convertibles Fund EUR e o Schroder ISF Global Convertible Bond) – que geralmente integram as listas de preferidos de todos os meses – e, por outro, um fundo de obrigações high yield, outro de obrigações corporativas e ainda um exemplar que se debruça sobre as obrigações governamentais.

Fundos de obrigações mais subscritos nas plataformas

Fonte: Informação cedida pelo BiG, Best, ActivoBank e Banco Invest