Fundos de ações em destaque, a doze meses

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Monsacro, Flickr, Creative Commons

Todas as semanas, a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – mostra o seu ranking semanal onde é possível verificar quais os melhores fundos a cada semana, nos últimos doze meses.

Destaque para o facto destes resultados não considerarem “comissões de subscrição e resgate, bem como outras comissões e encargos eventualmente suportados directamente pelos participantes, que variam de acordo com as condições estabelecidas no regulamento de gestão de cada fundo”, segundo revela a Associação. Além disso, informa que para a lista “não foram considerados nem os Fundos Poupança Acções nem os Fundos Poupança Reforma por terem um Regime Fiscal distinto dos outros FIM Nacionais. Não são igualmente incluídos os Fundos Fechados, os Fundos denominados em moeda diferente do EUR e os Fundos que divulgam o valor das UPs numa periodicidade inferior à semanal”.

O último ponto desta análise foi feita pela Associação a 19 de agosto e mostra que os dez fundos mais rentáveis nessa data, a doze meses, registam uma rendibilidade média de 10,3%. Ainda assim, apenas dois produtos conseguem ultrapassar esta fasquia no período em análise, com ambos a investirem no mesmo mercado: o brasileiro.

O fundo que regista melhor comportamento na semana 33 do ano foi o BPI Brasil Valor que é gerido pela BPI Gestão de Activos e é um Fundo de Investimento Alternativo (FIA) de Acções. O fundo atinge ganhos de 30,4%, seguindo de perto a valorização do mercado brasileiro – o Ibovespa valorizou, em moeda local, cerca de 33% no período em questão. Já o MSCI Brazil, em euros, cresceu no mesmo período mais de 59%. Este fundo gere mais de 1,6 milhões de euros com o maior investimento a ser realizado em ações preferenciais do Banco Bradesco, seguido da cotada CETIP SA Mercados Organizados.

Com 22,9% de ganhos vem, logo depois, mais um fundo da mesma casa de investimento que investe no mercado brasileiro: o BPI Brasil. O fundo gere mais de 30 milhões de euros, com os maiores investimentos a serem realizados em dívida pública brasileira. No entanto, segundo os dados do final do mês passado, cerca de dois terços do fundo estão investidos em ações.

O top 3 é fechado com um fundo da GNB Gestão de Ativos. Trata-se do NB Mercados Emergentes que é da responsabilidade de Ricardo Santos e que nos doze meses anteriores a 19 de agosto, regista ganhos de 8,4%. O produto gere mais de 6,2 milhões de euros e o gestor, na ficha de julho, referiu que “a carteira teve uma excelente performance no mês de julho, com uma performance superior a 5%", destacando a "utility indonésia Perusahaan Gas que subiu mais de 40%, a a empresa de cimentos mexicanos Cemex (+26%), ou a Coreana LG (+21%)”.

A lista continua com mais produtos que se focam no investimento em ações. Logo depois vem o Caixagest Ações Líderes Globais, da Caixagest, que no período em questão conseguiu atingir uma rendibilidade de 7,4%. Destaque, também, para o Caixagest Acções Emergentes que atinge ganhos de 5,3%.

O quadro abaixo evidencia que recentemente houve uma passagem de fundos mais defensivos para os fundos de ações, no que toca aos mais rentáveis nos respetivos doze meses anteriores.

Os melhores fundos de casa semana, nos últimos doze meses

Melhores 33 semanas 2016

Fonte: APFIPP