Fund MiX do Banco BiG com novas entidades

12357752484_11c9b22bf9
caitlinninja_23, Flickr, Creative Commons

Um serviço e uma estratégia de longo prazo”. Esta era a descrição feita por Rui Broega, Head of Asset Management do Banco BiG, aquando do lançamento dos cabazes de fundos diversificados que se denominam de  Fund MiX. Foi nesta lógica de longo prazo que há cerca de um mês a J.P. Morgan Asset Management e a Pictet se juntaram ao rol de gestoras internacionais que compõem esta oferta.

À Funds People, Rui Broega indica que atualmente têm como objectivo “dar oportunidade a cada entidade gestora de constituir o seu  próprio Fund MiX para os clientes”. Numa perspetiva de crescimento, o profissional destaca que contam “até ao final do ano ter não só mais entidades gestoras no segmento de distribuição de fundos como também ter mais alocações Fund Mix propostas por cada casa de investimento”. Acrescenta também o caráter gradual: “É um processo faseado que visa complementar a nossa oferta neste segmento de negócio com preocupações claras na adição de qualidade da oferta mais do que preocupações com a quantidade de fundos que vamos passar a distribuir”.

Diversificar

Tanto a J.P. Morgan AM como a Pictet apresentam no fund MiX quatro fundos. No caso do cabaz da J.P. Morgan AM, Miguel Luzarraga, senior sales executive no mercado ibérico, começa por descrever o JPM Income Opportunity como “um fundo de obrigações conservador que tem como objectivo preservar o capital”. “O futuro contexto nas obrigações é bastante complexo e este fundo está posicionado em modo conservador para quando se volta ao mercado”, assinala

Segue-se o JPM America Equity, com o qual a entidade quer reunir “as melhores ideias dos EUA”. “É um fundo de ações americanas com uma carteira concentrada em 40 títulos, sendo que metade da carteira é gerida por um gestor value e a outra metade por um gestor growth”. Também no universo das ações mas com um enfoque na Europa, figura o JPM Europe Equity Plus. “Um fundo de ações europeias com as melhores apostas da J.P. Morgan na Europa”. Com uma estratégia que se baseia na filosofia “Behavioural Finance”, o sales resume que “tanto quando os mercados sobem como quando descem, o fundo comportou-se bem com excessos de rentabilidade face ao índice de referência, acima dos 7% a 3 e a 5 anos”.  Por fim, o JPM Global Income “é um fundo misto que tem como objetivo procurar as maiores e melhores rendimentos a nível global”, sendo que “se tem comportado bem desde o início, tanto em períodos de subida como de queda dos mercados e, para além disso, tem distribuido um dividendo trimestral acima dos 4,5% anualizado.

Aproveitar recuperação europeia

Da Pictet AM, Tiago Vaz, responsável de vendas para Portugal e Brasil, refere que a gestora “propõe uma carteira diversificada com capacidade não só de gerar rendimento, mas também de aproveitar a recuperação económica global”, sendo que a carteira reflete a visão “mais positiva da entidade para ações”. O Fund Mix Pictet apresenta portanto uma alocação de 15% ao PictetAbsolute Return Fixed Income, que tem como objectivo “alcançar retornos positivos investindo principalmente em qualquer tipo de título de dívida, instrumentos do mercado monetário e divisas”, podendo investir direta ou indiretamente em qualquer país e em qualquer sector económico, adianta a gestora. O Pictet eur High Yield, por outro lado, “permite uma exposição ao mercado de alto rendimento na europa, investindo os seus activos em instrumentos de taxa fixa de elevada rendibilidade e de menor qualidade denominados em euros”.

De destacar é ainda o Pictet High Dividend Selection e o Pictet Global Megatrend Selection. No primeiro caso trata-se de “um fundo de acções que procura investir em empresas que distribuem um dividendo elevado mas de forma sustentada”, enquanto o segundo produto “é um fundo que permite uma exposição global a acções com uma abordagem temática, e que é composto por nove temas – Água, Madeira, Segurança, Marcas de Luxo, Comunicação Digital, Biotecnologia, Genéricos, Agricultura, Energias Limpas – com a mesma ponderação na carteira e com rebalanceamento mensal”.

 Autonomia na alocação

Em termos da estratégia desenhada pelo Banco BiG, Rui Broega refere que dão “total liberdade a casa entidade gestora para construir a sua alocação”. Conclui, enunciando que “o objectivo é em todo o momento enquadrar uma alocação para um horizonte temporal de médio/longo prazo e que possa encontrar equilíbrios na exposição ao mercado em diferentes momentos/cenários de mercado sempre respeitando aquilo que é a filosofia e interpretação dos principais vectores de investimento para cada entidade”.