Fluxos de fundos mostram investidores de olhos postos na próxima reunião da Fed

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tinaylin, Flickr, Creative Commons

Os dados  cada vez mais consistentes revelados pela economia norte-americana trazem alguma perspetiva do “início do fim” do Quantitative Easing no novo ano que está prestes a começar. As últimas informações dadas a conhecer pelo EPFR Global indicam que este cenário provocou algum decréscimo nos fluxos de fundos de ações e de obrigações na semana que terminou a 4 de dezembro. 

As grandes mudanças a apontar face à semana anterior, segundo as informações do EPFR Global, dizem respeito à menor captação de dinheiro por parte dos fundos de ações norte-americanos, Japoneses, Europeus e ainda de mercados emergentes. Em termos globais,  os investidores retiraram 2.03 mil milhões de dólares líquidos dos fundos de ações, e 376 mil milhões dos fundos de obrigações.

Mercados emergentes “receosos”

A pressão quanto à eventual redução do Quantitative Easing no final do mês de dezembro causou também efeitos nos fluxos dos fundos de ações de mercados emergentes. Por exemplo os fundos de ações dos Global Emerging Markets (GEM) voltaram a suportar o peso dos resgates, enquanto os fundos de ações latino-americanos e da região EMEA registaram saídas que rondaram os 220 milhões de dólares.

De destacar é também a performance dos fundos de ações brasileiros, que apesar de terem registado saídas de dinheiro não muito significativas, tiveram a pior performance dos fundos de países pertencentes aos mercados emergentes na semana tida em conta.

Como já foi referido, também os fundos de obrigações se “ressentiram” da incerteza quanto ao futuro do QE3. Os fundos de obrigações europeus, em específico, registaram pela primeira vez resgates desde o final do mês de agosto.