Fluxos de fundos e Fed lançam sinais mistos sobre o calendário da redução de estímulos

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halfdos, Flick, Creative Commons

A terceira semana do mês de novembro começou com Janet Yellen, presidente da Fed, a dizer ao Senado que os benefícios do atual programa de Quantitative Easing ainda estão a superar os custos. Os investidores, por seu lado, tiveram de “digerir” as minutas resultantes da reunião da Fed em outubro, onde se dava a entender que a decisão de colocar o tapering em marcha poderá ser tomada “nas próximas semanas”.

Os fluxos dos fundos de ações e de obrigações do EPFR Global relativos à semana que terminou a 20 de novembro, espelharam precisamente a incerteza sobre as intenções da Fed.

À espera de que a Fed jogue pelo seguro

Os fundos de ações de mercados emergentes registaram uma moderação acentuada no ritmo de resgates. Os fluxos em fundos de obrigações americanas, por seu lado, atingiram a sua 17ª semana em alta, sendo este resultado consistente com as expectativas de que a Presidente da Fed irá jogar pelo seguro quando chegar a altura de suspender o Quantitative Easing.

Na generalidade, os fundos de ações do EPFR Global alcançaram os 6,04 mil milhões de dólares líquidos na semana em causa e os fundos de obrigações 2,88 mil milhões de dólares. Os fundos de mercados monetários somaram entradas coletivas de 1,17 mil milhões de dólares, já que os resgates nos fundos de mercados monetários americanos estavam pouco compensados pelos compromissos com os seus congéneres globais, japoneses e europeus.

Ao nível dos países, os fundos de ações japoneses registaram a sua maior saída semanal em quase dois anos. Os fundos de obrigações espanhóis tiveram a sua segunda melhor semana, enquanto os fundos de obrigações brasileiros registaram uma saída que remonta a valores de janeiro.