Flight to safety

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GotCredit, Flickr, Creative Commons

Os fluxos líquidos de uma grande variedade dos instrumentos financeiros disponíveis para os investidores revelam um consistente ‘flight to safety’”, destaca a CMVM no seu Risk Outlook de outono de 2016. A entidade reguladora observa uma passagem de “produtos ligados às seguradoras para depósitos bancários e dívida pública disponibilizada diretamente aos investidores de retalho”. Adicionalmente, observa uma “procura estável por fundos de investimento mais seguros entre 2012 e 2015, com exceção do ano de 2014”, patente nos fluxos positivos (2.3 mil milhões de euros) tanto nos fundos de mercado monetário, como nos fundos de obrigações de taxa variável, e dos resgates nos fundos mais arriscados  (350 milhões de resgates dos fundos de ações e dos fundos de obrigações). Na segunda metade de 2014, verificam-se saídas de dinheiro generalizadas de praticamente todas as categorias de fundos, “o que sugere uma perda de confiança por parte dos investidores”.  Já em 2015, apesar do aumento generalizado da procura por fundos de investimento, e suportada pelos substanciais inflows nos fundos de ações híbridos e nos fundos de pensões, “o ‘flight to safety’ continuava presente, determinado pelos fundos de obrigações de taxa variável”.

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Os primeiros nove meses de 2016 também mostraram outflows globais em todas as categorias de fundos, especialmente nos fundos de mercado monetário e nos fundos de investimento alternativo. “Os fluxos em direção a investimentos mais arriscados, como os fundos de ações, caíram mais do que a média dos últimos três anos”, reporta a CMVM quantificando com os cerca de 660 milhões de euros de outflows desde 2010. “Estes recentes desenvolvimentos sugerem que a confiança do investidor resvalou novamente, e que os investidores de fundos estão mais dispostos a alocar as suas poupanças noutros instrumentos como os depósitos bancários e em dívida pública destinada ao retalho”, comenta o regulador dos mercados.

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