Factores reunidos para a boa performance do mercado de ações em 2014

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geebee57, Flickr, Creative Commons

A luz verde vai continuar para ações em 2014. No último “Marketexpress” divulgado pelo ING Investment Management, a entidade revela que as condições ideais estão reunidas para que o mercado de ações no próximo ano continue forte.  

Se em 2013 a performance das ações foi conduzida pela valorizações, com os investidores a anteciparem a recuperação dos lucros, em 2014 a entidade vira as atenções precisamente para os ganhos. “Os lucros vão dominar e vão ser a chave condutora dos mercados”, pode ler-se.

Lucros em alta, mas valorizações com potencial

Neste sentido, nas perspetivas para o ano que agora entra em vigor, o ING apresenta quatro factores que no seu entender vão ser “impulsionadores dos lucros”. Em primeiro lugar é referida a ampliação da recuperação económica, com a “zona euro a poder assistir a uma grande mudança, passando de uma fase de recessão para um fase de crescimento”, referem. O segundo ponto, por seu lado, aponta um aumento esperado nas margens de lucro. “A alavancagem operacional é positiva e o trabalho ainda tem de negociar poder”, pode ler-se.

O terceiro factor referido prende-se com “os baixos encargos das taxas de juro devido à combinação da baixa alavancagem financeira e das baixas taxas”. Não esquecido, foi também o share buy-backs, que para a entidade holandesa “vai contribuir para aumentar os earnigs per share”. Referem também que “as ações mais caras vão ser substituídas por dívida barata, enquanto o retorno das ações aumenta”.

Apesar deste crescimento esperado nos lucros, o ING não deixa de acreditar no potencial das valorizações em 2014. “As valorização não têm necessariamente que descer”, dizem, explicando que “elas podem mesmo expandir-se ligeiramente , pelo menos fora dos EUA”. 

Emergentes: “a pedra no sapato” em 2014

No Outlook da entidade, o  ponto fraco para o próximo ano são os mercados emergentes. “Desde que se iniciou a especulação em relação ao tapering começaram algumas dinâmicas adversas para os mercados emergentes”, explicam, referindo mesmo que grande risco se concentrará nestes países.

A instabilidade da moeda, dizem, pode ter impactos nas perspetivas de ganhos das empresas de mercados desenvolvidos, que geram grande parte das suas receitas nos mercados emergentes.