EUA: na crista do crescimento em 2015

EUA
Bert Kaufmann, Flickr, Creative Commons

O caminho da economia norte-americana para 2015, segundo a maioria das gestoras nacionais, é sinónimo de uma expansão que já começou em 2014, mas também de alguma atenção redobrada. Nos outlooks que as casas nacionais apresentam é quase unânime a perspetiva de que os EUA vão estar na dianteira do crescimento económico. Prova disso é que o índice S&P 500, por exemplo, já atingiu valores próximos do seu máximo histórico.

Menos desemprego, mais ganhos das empresas

No atual contexto de taxas de juro próximas de zero, os EUA são destacados pela positiva. A taxa de crescimento para o país estima-se por volta dos 3%, aliando-se a esta expansão, a tão falada redução do desemprego. Do Banco Português de Gestão salientavam que os EUA “têm boas condições para enfrentar uma envolvente global de taxas de juro e níveis de inflação baixos”.

Confrontando a ação do BCE e da Fed não restam dúvidas, para as entidades, que a condução da política monetária de ambas as instituições não é comparável, já que a Reserva Federal “tem objectivos explícitos de emprego e inflação, enquanto o BCE tem um mandato para a estabilidade de preços”, relembrava a F&C Portugal.

A Millennium Gestão de Activos referiu mesmo que no âmbito do sector empresarial no país é provável que haja “uma re-alavancagem financeira, por exemplo via recompra de acções”. Na perspetiva da Santander AM Portugal, apesar desta economia já ter ultrapassado o seu pico, a solidez dos EUA é suportada pela “abrangência de ganhos na área produtiva e laboral”. Relembravam igualmente que “o diferencial da evolução da política monetária, a queda do deficit da balança comercial e as perspetivas de crescimento futuras, continuarão a beneficiar o dólar norte-americano face ao euro e ao iene”.

Outra face da moeda

Apesar do bom desempenho que se espera para a economia norte-americana, há riscos a considerar. A CA Gest foi uma das entidades que relembrou que com a muito provável subida das taxas de juro, a eventual apreciação do dólar “poderá limitar o atual bom desempenho da economia norte-americana”.