“Espero uma maior atividade até ao final do ano”

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Nuno Coimbra

Estabilidade foi a palavra de ordem nos primeiros seis meses do ano no sector do capital de risco. Num balanço dos primeiros seis meses do ano, Paulo Caetano, presidente da APCRI, refere que “no primeiro semestre, não existiram alterações significativas de registo”. “Surgiram algumas novas equipas o que poderá tornar as nossas expectativas mais elevadas e, igualmente, trazer uma maior capacidade de interação com o ecossistema empreendedor”, continua. “Já em matéria de revitalização esteve muito ativa nos primeiros seis meses do ano”. Houve, porém, um decréscimo dos investimentos e um aumento ligeiro na rotação das carteiras.

Paulo Caetano prossegue, referindo que “pelo facto de nos estarmos a aproximar do final do ciclo de vida de alguns dos fundos sob gestão, poderá este ser um factor impulsionador para a criação de novos produtos de capital de risco.

Desafios para o futuro

Paulo Caetano acredita que o futuro é auspicioso para o capital de risco, embora o sucesso possa estar condicionado por alguns (novos) desafios no sector. Para o presidente da APCRI é “essencial que haja uma maior diversificação das fontes de financiamento”, deixando esta de ser apenas os sectores Estado e banca. Como alternativas, Paulo Caetano aposta nas seguradoras e nos fundos de pensões. “Estamos a criar um espaço e a ver o quadro legal para que as seguradoras e os fundos de pensões possam também alocar parte da sua carteira em fundos de capital de risco”, explica.

Além da diversificação das fontes de financiamento, Paulo Caetano sublinha ainda a questão em torno do novo quadro comunitário. “O quadro comunitário assente no Horizonte 2020 vai ter fundos alocados à componente de fundos de fundos, muito em linha com a prática seguida pelo FEI”.