Em que tipo de seletores centram as gestoras os seus esforços?

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swisscan, Flickr, Creative Commons

"Que tipo de seletores irá concentrar os seus esforços em 2014? Esta foi a pergunta  que a empresa de análise norte-americana Cerulli Associates fez a um grupo de gestoras com presença em vários países europeus. As respostas foram reveladas através da publicação European Fund Selector 2014 que mostrou que 70% estão a orientar os seus esforços em bancos que contem com escritórios centrais de seleção de fundos, em comparação com os 30% que preferem ter escritórios regionais.

O relatório, que analisa os fatores e os critérios-chave na seleção de fundos, assim como as mudanças experimentadas nas equipas de seletores, confirma que a centralização das equipas europeias de seleção de fundos é uma prática cada vez mais corrente e que os analistas de fundos dos escritórios regionais se comunicam cada vez mais com os seletores na sede. Como explica Philip Holton, analista e um dos autores do relatório, “os escritórios regionais já tinham um peso importante no processo da seleção de fundos mas agora seguem a lista de compras mundiais definidas pela sede em Londres ou em Zurique”, explica.

Para a elaboração do relatório, a Cerulli entrevistou 110 seletores. Mais de 55% disseram que contam com uma equipa global de seleção que cobre todas as áreas de negócio, enquanto apenas 9% disseram que têm equipas de seleção independente. Outros 16% têm equipas distintas, mas coordenadas. As respostas da maioria dos seletores de fundos refletem que a pressão no sentido da centralização de análise está a aumentar.

As pressões de custo e de regulações também se estão a traduzir numa maior proliferação de associações preferenciais, especialmente na Suíça, onde as gestoras de ativos contam com uma média de 7,6 sócios preferenciais, à frente de, por exemplo, a média de 4,9 registada nas gestoras francesas. “As gestoras transfronteiriças estão a querer aproveitar ao máximo as relações estabelecidas nos diversos mercados e grupos de negócio como critérios principais para melhorar a sua relação com a  banca privada. No entanto, se o processo de centralização da seleção de fundos continuar, vemos como grande potencial as relações entre os diversos negócios nas transfronteiriças”, assinalada Barbara Wall, diretora de análises para a Europa da Cerulli.