“Em busca dos investimentos esquecidos” foi o mote para o último seminário do Barclays

Verde
Supergiball, Flickr, Creative Commons

O Barclays já nos habituou a uma “política” de contacto com os clientes em que a disseminação de informação é um ponto fulcral e, por isso, os seminários de literacia financeira são eventos que marcam a agenda da instituição. No passado dia 18 de junho a entidade voltou a convidar a J.P. Morgan AM depois de ter passado ano e meio sobre a última conferência que realizaram em conjunto.

Perante mais de 200 convidados – na sua maioria clientes Premier e Private – o Barclays deu a conhecer a sua perspetiva de mercado para os próximos meses. José Miguel Calheiros, head of Global Investments & Solutions, dirigiu-se aos convidados abordando primeiro a Economia norte-americana. “As taxas de crescimento do PIB nos EUA têm sido negativas, e nós entendemos que isso se deveu a aspectos conjunturais, como por exemplo o mau tempo, ou a retração em determinadas indústrias por causa da queda do preço do petróleo”, iniciou, referindo que apesar dos percalços atrás descritos “a robustez do ciclo económico continua a existir”. Em relação à subida das taxas de juro nos EUA, espera que “assim que a Fed ponha fim a um ciclo de taxas de juro sempre a cair, as taxas, quer do ponto de vista real, quer do ponto de vista nominal, comecem a subir”. Relativamente à Zona Euro, transmitiu aos presentes que “o crescimento é ainda incipiente”, mas que os resultados do Quantitative Easing, estão finalmente a dar “indícios de chegada à economia europeia”.

Carteiras: subponderação a ações emergentes

Como já é habitual, o Barclays falou ainda da visão da instituição aplicada às carteiras de investimento, onde executaram mudanças entre março e abril. “Por essa altura reduzimos a exposição a ações de mercados emergentes, porque está comprovado que sempre que as taxas de juro norte-americanas sobem, as ações dessa região sofrem”. Assim, o profissional declara que passaram de uma posição de “neutral” para uma subponderação nestes ativos. Em suma, estão positivos em Ações Mercados Desenvolvidos, em particular Europa Continental e Estados Unidos da América, e aplicam um peso que apelidam de “anormal” em liquidez e obrigações de curto prazo, exigido pelo atual contexto de mercado.

Diversificar e poupar: chave (ainda) mais do que nunca

Miguel Luzárraga, Sales Executive da J.P. Morgan AM, apresentou-se num estilo “Indiana Jones”, com o objetivo de sair “em busca dos investimentos esquecidos”. Metáforas à parte, o representante da gestora explicou ao público que “enfrentamos atualmente uma situação complexa” e, por isso, propôs-se a  “falar acerca da procura de investimentos esquecidos e não perdidos”. Numa altura em que nas obrigações governamentais resta pouco espaço para rentabilidades positivas, a opção do equilíbrio/diversificação foi a mensagem passada, “porque ainda existem países, sectores, e oportunidades onde se pode investir no mercado acionista”.

Foram quatro os tópicos em que Miguel Luzárraga se focou na sua apresentação: o Market timing, os investimentos de longo prazo, a volatilidade e a diversificação,  reiterando também que hoje mais do que nunca “os investidores têm obrigatoriamente de poupar para o futuro”.

O JPM Global Income foi a solução apresentada neste contexto. “Um fundo global, balanceado, com uma distribuição trimestral de dividendos, investindo em ações e obrigações, contando com 1.000 posições distintas”, salientou o profissional, adiantando que o “o produto apresenta retornos anuais de 7%”.