Economia nacional deverá crescer entre 2,5% e 3% para se tornar sustentável

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Clube de Entusiastas do Caminho de Ferro, Flickr, Creative Commons

Realizou-se no dia 12 de setembro o I Seminário Ibérico de Economistas, uma iniciativa conjunta das duas Ordens que realizou o evento em Madrid, na sede espanhola do Conselho Geral de Economistas.

A ideia principal, passada durante o seminário, foi a entreajuda entre os dois países para darem o impulso necessário para cada país ultrapassar a crise que atravessa desde 2008. Temas como a intensificação das desigualdades como consequência da crise, debate sobre as soluções encontradas, as relações comerciais entre os dois países e encontrar outras formas de cooperação ibéricas tiveram em destaque no evento que reuniu economistas e académicos do ramo económico.

Para o Presidente do Conselho Geral de Economistas de Espanha, Valentín Pich, “Espanha e Portugal estão a sofrer uma recessão maior que a experimentada pela média de países da UE, pelo que seria realmente importante estabelecer medidas comuns entre ambos países que estimulem o crescimento”.

Já o Bastonário da Ordem dos Economistas portugueses, Rui Leão Martinho, foi mais extenso quando confrontado com o futuro da economia nacional. “Portugal vai ter de continuar a cumprir a PAEF como foi estabelecido com a troika, até para continuar a receber o auxilio que está contratado, fazer as reformas estruturais e continuar a caminhada, que vai ser longa, sem voltar a cometer erros anteriores e trabalhando para que a sua economia seja mais competitiva.”.

Penso que a troika sai mesmo no prazo previsto. No entanto, há um período pós-troika que será um período essencial para a autonomia de Portugal enquanto Estado. É fundamental, dentro daquilo que temos de cumprir, é a redução dos custos e da despesa pública”, afirma o Bastonário.

Daqui a 5 anos, a “economia nacional estará melhor. Mas estará ainda difícil de conseguir sair de um certo decréscimo de atividade e de rendimentos. No entanto, é minha convicção que a economia nacional esteja melhor. Mas precisamos de dar o salto, em termos económicos, para crescimentos de 2,5% ou 3%, para conseguir tornar o crescimento em Portugal sustentável a longo”, conclui o Bastonário da Ordem dos Economistas portugueses.

Em representação nacional tiveram entre outros, o administrador do BANIF, Raul Marques, o economista Vítor Martins, especialista em assuntos europeus e Miguel Malaquias Pereira, do Banco Espírito Santo.