E se Trump ganhar?

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Michael Vadon, Flickr, Creative Commons

O Brexit mostrou que por vezes os mercados se enganam. O consenso apontava que os britânicos optariam maioritariamente por continuar a fazer parte da UE e, no entanto, o resultado foi outro. Por esse motivo, colocar em cima da mesa o cenário exatamente contrário é um exercício que permite, pelo menos, vislumbrar o que aconteceria caso o cenário base não fosse aquele que acabou por acontecer. Se em maio a principal incerteza era o Brexit, agora são as eleições norte-americanas. O consenso aponta para uma vitória de Hillary Clinton. As últimas sondagens indicam que Donald Trump terá que convencer a totalidade dos 29 Estados indecisos e pelo menos um Estado de inclinação democrata para poder ganhar. A probabilidade de que o consiga fazer situa-se atualmente nos 39%.

Mas cerca de 39% é uma percentagem muito alta de incerteza para os mercados financeiros e, por isso, Mark Burgess, diretor de investimentos para a Europa e diretor global de ações da Columbia Threadneedle Investments, quis fazer as suas próprias projeções sobre quais seriam as consequências para os diferentes sectores, de uma vitória republicana. Fê-lo repassando quais as políticas do magnata, seguindo os anúncios lançados pelo candidato na sua campanha eleitoral, desde os benefícios das suas propostas fiscais, até ao isolacionismo dos EUA no comércio internacional. A análise, realizada a nível sectorial, dá conta de como é que cada um desses sectores seria afectado pelas iniciativas de Donald Trump, partindo do pressuposto de que, como presidente dos Estados Unidos, conseguia levá-las a cabo.

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