E se a Copa fosse jogada pelos mercados financeiros?

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haroulamadmax, Flickr, Creative Commons

O mundial de futebol é o maior evento realizado a nível de seleções no que toca ao futebol. Coloca frente a frente as 32 melhores seleções do globo cada uma com aspirações a chegar o mais longe possível e levantar no fim a taça de campeão do mundo.

Portugal disse adeus ao mundial ainda na fase de grupo, com a derrota frente à Alemanha, o empate frente aos Estados Unidos e a vitória sobre o Gana.

E se fosse os mercados financeiros a ditar as leis e a regras dos jogos?

Empate pela certa

Não havendo fundos de gestoras nacionais que investem apenas no mercado alemão, podemos analisar os dados a partir dos principais índices bolsistas de cada país. Em ambos os índices, as valorizações nos doze meses anteriores ao último dia de negociação de maio, foram semelhantes, com o DAX a crescer 19,15% enquanto o PSI-20 aumentou 19,75%.

Empate que virava goleada

O empate frente ao Estados Unidos poderia ter sido um resultado totalmente diferente se fossemos comparar os fundos de ações nacionais com os fundos de ações que investem na maior economia do mundo.

Segundo os dados da Morningstar, os fundos de ações nacionais conseguiram uma rendibilidade média de 30,64% nos últimos doze meses contra os 6,7% dos fundos que investem no EUA. Também no valor sob gestão e no Sharpe os fundos de ações nacionais apresentam valores mais altos do que os norte-americanos. No que diz respeito à consistência, medida através do Sharpe, o valor médio dos sete fundos de ações nacionais foi de 1,94 enquanto nos fundos dos Estados Unidos o valor não ultrapassou os 1,24. Em relação ao património sob gestão, os sete fundos de ações tinham, no fim de maio, mais de 328 milhões contra os 178 milhões de euros nos fundos da América do Norte.

Vitória frente a equipa africana

Frente à seleção do Gana, Portugal conseguiria golear, tal como faria no encontro anterior frente aos EUA. Existem dois fundos de investimento em Portugal que investem no mercado africano, embora sem investimento direto no Gana: BPI África e ES África. Os dois produtos apresentam uma rendibilidade média de 0,43%, muito abaixo dos 30% do mercado nacional. Também o índice Sharpe e o património sob gestão apresenta valores muito diferentes, com os fundos africanos a apresentarem um consistência de 0,4 nos últimos doze meses e quase 24 milhões de euros sob gestão.