Dívida de mercados emergentes com os melhores retornos até março

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amartarik, Flickr, Creative Commons

“Crise é sinónimo de oportunidade”, já diz o provérbio milenar chinês. Nos primeiros meses de 2014 assistimos a uma grande volatilidade nos mercados emergentes, sobretudo devido às afirmações por parte da FED, mas também por causa da sua diminuição da conta de ativos que afetaram estes mercados. Esta volatilidade tornou as obrigações de mercados emergentes em dólares a categoria mais rentável da classe, com ganhos de 3,5%, segundo o último Market Insights publicado pela J.P.Morgan Asset Management. Com 3,1% ainda aparecem duas categorias, como é o caso das obrigações municipais norte-americanas e ainda a dívida soberana global. Com 3% figura a categoria “Global Corporate High Yield”.

Esta liderança, com a categoria em dólares, mostra que o tapering também ajudou à volatilidade cambial, já que o grupo dos mercados emergentes, que tradicionalmente liderava o ranking, era apresentado em moeda local. Este facto é confirmado com os dados analisados em períodos mais longos. Segundo a publicação, a categoria “Emerging Markets Debt” em moeda local é aquela que maior rendibilidade deu na última década, com ganhos anualizados de 9,5% que se traduz num crescimento acumulado de 148,3%.

Dívida espanhola com grande retorno

Os mesmos dados mostram que nos primeiros três meses do ano, a dívida espanhola teve um retorno de 5,16%, acima dos 5,03% da dívida italiana, enquanto a dívida norte-americana se fixou em 1,84%. Em termos de yield, o valor é muito próximo. As yields espanholas atingiram os 2,07%, enquanto as americanas e as italianas são similares, em 2,37%. A grande diferença vai para a correlação a dez anos, com este indicador nos Estados Unidos a atingir o 0,83, enquanto em Espanha não passa dos 0,11,  e em Itália os 0,08.