Depois da tempestade vem a bonança: o início do ano para os fundos de ações nacionais

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www.nadavdb.com, Flickr, Creative Commons

Foi com resultados pouco favoráveis que os fundos de ações nacionais terminaram o ano de 2014, que, obviamente, teve acontecimentos que provocaram um ‘efeito surpresa’ neste tipo de produto, como confirmaram à Funds People os gestores responsáveis pelos fundos.

Fazendo jus à máxima “ano novo, vida nova”, os fundos de ações nacionais entraram em 2015 impulsionados pela melhoria da performance da bolsa nacional. A 'ajudar' esteve também o anúncio do QE levado a cabo pelo BCE, e ainda o partido tirado pelas empresas exportadoras nacionais da desvalorização do euro.

Desta feita, dados da APFIPP, de 13 de fevereiro confirmam que desde que 2015 teve início, que os seis produtos inseridos na categoria de Fundos de Ações Nacionais têm apresentado resultados positivos, com a média das rentabilidades a fixar-se nos 10,75%.

Segundo as informações da Associação, o Banif Acções Portugal é o produto com maiores ganhos desde o início do ano: 12,25% de retorno efectivo. O fundo gerido pela Banif Gestão de Activos e a cargo de Nuno Marques - segundo a ficha do produto  de janeiro disponibilizada no site da gestora - tem nas suas maiores posições a Sonae SGPS, a Nos e os CTT. No mesmo documento o gestor afirma precisamente que “o mercado acionista português registou ganhos no mês de janeiro (PSI-20 +7,20%), acompanhando a tendência positiva dos restantes mercados europeus, suportados pelo plano de compra de activos apresentado pelo BCE (Quantitative Easing)”. Positivamente destaca ainda “as empresas com actividade internacional, beneficiadas pela desvalorização do euro, como a Altri, a Portucel e a Jerónimo Martins”.

O Millennium Acções Portugal, da Millennium Gestão de Activos, desde que 2015 começou entrega 11,98% de retorno efectivo. O produto gerido por Pedro Pintassilgo, segundo as informações disponíveis online no site da Morningstar, apresenta nas suas maiores posições um futuro sobre o PSI 20, a Sonae SGPS e a cotada Nos. Recorde-se que à Funds People o gestor salientava no início do ano que embora o PSI 20 seja um índice fragmentado, “é ainda assim representativo da realidade do nosso mercado e encerra um conjunto de empresas de qualidade e com forte potencial de valorização”.

Segue-se na terceira posição deste ranking o Caixagest Acções Portugal, que apresenta um retorno de 10,73%. O produto gerido pela Caixagest, segundo o site da empresa de análise, apresenta nas suas maiores posições um futuro sobre o PSI 20, a Portucel, a Sonae SGPS e o BCP.

Confira a restante performance dos fundos de acções nacionais

 Fundo    Gestora   Rentabilidade desde o início do ano (%)
 F.I.M. Banif Acções Portugal   Banif Gestão de Activos  12,25
 F.I.M. Millennium Acções Portugal   Millennium Gestão de Activos  11,98
 F.I.M. Caixagest Accões Portugal   Caixagest  10,73
 F.I.M. NB Portugal Ações  GNB Gestão de Activos  10,07
 F.I.M. BPI Portugal   BPI Gestão de Activos  10,02
 F.I.M. Santander Accões Portugal   Santander Asset Management  9,45
Fonte: APFIPP, 13 de fevereiro de 2015