Decisões do Eurogrupo “são bem vindas”

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Osvaldo Gago, Wikimediacommons

A União Europeia aprovou na sexta-feira o alargamento dos prazos do empréstimo a Portugal e do tempo para cumprir as metas do défice, notícias que, apesar de já aguardadas pelos investidores, são boas notícias para Portugal.

“São, tanto o alargamento dos prazos de empréstimo, como termos mais um ano para cumprir as metas do défice, decisões bem vindas e que levam em linha de conta as dificuldades encontradas nas diversas execuções orçamentais e também as previsíveis dificuldades do regresso pleno dos países intervencionados ao financiamento via mercado de capitais, actualmente previsto para 2014”, refere Diogo Serras Lopes, director de investimento do Banco Best, à Funds People Portugal.

Na sexta-feira, os ministros das Finanças europeus aprovaram a extensão, por mais um ano, do prazo para Portugal corrigir o défice orçamental excessivo, ou seja, até 2015, e decidiram o prolongamento das maturidades dos empréstimos concedidos a Portugal (e também à Irlanda).

Diogo Serras Lopes relembra que estas “decisões do Eurogrupo vêm na sequência do pré-acordado em Abril, relativamente à extensão da maturidade dos empréstimos por mais sete anos e meio e das recomendações da Comissão Europeia de há umas semanas, relativamente a ser concedido mais tempo a diversos países europeus para apresentarem défices orçamentais abaixo dos limites previstos nos tratados”. Como tal, sublinha, “eram decisões de certa forma já esperadas pelos investidores, não vindo assim alterar as perspectivas destes”.