De que é que a Fed está à espera para subir as taxas em setembro?

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Flávio Cruvinel Brandão, Flickr, Creative Commons

A Reserva Federal tornou-se mais comunicativa do que o costume ao emitir durante as últimas semanas um bom número de sinais – incluindo alguns involuntários como a publicação de projeções económicas erradas – que permitem esperar uma subida de taxas histórica (por ser a primeira em nove anos) no mês de setembro.

Um dos últimos factores que tem reforçado esta previsão de consenso tem a ver com a política de comunicação que o banco central está a realizar; segundo a J.P. Morgan AM, o facto de acrescentarem a palavra “certa” antes de “melhoria adicional do mercado laboral“ tem sido significativa para a maioria dos economistas (os dados do emprego e três gráficos para entender a reação do mercado à primeira subida de taxas – ler mais).

No seu último resumo semanal de mercados dentro do programa Market Insights, a empresa americana fixa-se num dado que a Fed está a monitorizar de perto: o número de vagas de emprego (JOLTS, na sigla em inglês correspondente a Job Openings and Labour Turnover Survey), que têm alcançado máximos desde o começo da série histórica (ver gráfico em baixo). “Antes da crise financeira, as taxas de juro e o número de JOLTS  moviam-se a par, mas passados sete anos de taxas próximas de zero criaram um diferença enorme entre os dois números”, observam da J.P. Morgan AM. Por isso concluem que “a publicação na semana que vem do novo número de JOLTS poderá acrescentar mais munição para uma subida das taxas em setembro”.