Coreia e EUA: os mercados mais favoráveis para os participantes de fundos

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rayni_pembl822, Flickr, Creative Commons

Regulação e Impostos, Transparência, Comissões e Gastos, Vendas e Média. Estes são os principais critérios nos quais a Morningstar se apoia para elaborar o relatório bianual “Global Fund Investor Experience”. O documento no qual a reconhecida empresa de análise avalia as experiências dos investidores em fundos de investimento em 25 países da América do Norte, Ásia, Europa e África, revela que são a Coreia e os Estados Unidos os mercados mais favoráveis para seus participantes. Contrariamente é a China que surge com avaliação menos positiva neste campo.

Na classificação utilizada, a Morningstar atribuiu uma letra como nota para cada uma das quatro categorias acima referidas, gerando posteriormente uma nota global para os países sobre os quais se debruça.

Desta feita importa destacar algumas das notas globais por países no ano de 2015. Como já referido a Coreia e os Estados Unidos figuram no topo, com a letra A, seguindo-se a Holanda com a nota de A-. À vizinha Espanha, tal como a França, foi atribuída a letra C, enquanto a Alemanha teve o registo de C+. Num patamar intermédio ficaram o Reino Unido com a nota B+, enquanto países como por exemplo a Austrália ou a Suíça receberam a classificação de B-.

Nas notas que a Morningstar torna públicas, a entidade salienta que no que diz respeito ao mercado espanhol, este subiu para o patamar C comparando com o B- obtido em 2013, muito por causa dos impostos. “Espanha tem uma das regulações fiscais mais favoráveis para os participantes”, dizem, acrescentando que a favor deste mercado pesa ainda “a transparência das carteiras, já que mais de dois terços dos fundos comunicam mensalmente os seus portfólios”.

Os Estados Unidos, por seu lado, são condecorados com a nota máxima A pela quarta vez. “Embora os Estados Unidos registem comissões relativamente baixas e uma forte transparência, conseguem uma nota média ao nível das Vendas e Meios de Comunicação”, salientam.  Em termos transversais à maioria dos mercados, os analistas da Morningstar reiteram que “praticamente todos adotaram novas regulações ou atualizaram-nas nos últimos dois anos, o que mostra um compromisso ativo por parte dos reguladores dos países nos quais a Morningstar tem realizado este relatório”.

Javier Sáenz Cenzano, diretor de análise para Ibéria a e Itália, entende que a missão da Morningstar “é ajudar os investidores a conseguir os seus objetivos financeiros” e, por isso, “o objetivo do relatório sobre a Experiência Global dos Investidores em fundos é melhorar a experiência de investimento, analisando a forma como os participantes são tratados em diversos países, estimulando assim a discussão sobre as melhores práticas”.