Conheça as as categorias mais rentáveis do ano

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johngarghan, Flickr, Creative Commons

Já entrámos no último quarto do ano e o balanço tem um sabor agridoce. De acordo com os dados disponibilizados pela Morningstar, referentes aos primeiros nove meses do ano, o mercado nacional de fundos de investimento regista uma rendibilidade média negativa de cerca de 2%, com o mercado a contemplar cerca de duas centenas de produtos.

Apesar do mercado se encontrar com um "tom" negativo em 2015, o seu início foi bastante positivo, pelo que existem produtos e categorias que conseguem ter uma evolução "agradável" durante o ano. A Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – segmenta o mercado em cerca de trinta categorias e entre elas aquela que maior rendibilidade média apresenta em 2015 – até ao dia 23 de outubro – é a que junta os fundos de ações nacionais. Nas primeiras 42 semanas do ano, os fundos de ações nacionais registam uma rendibilidade média de 13,64%.

Nesta categoria a Associação junta seis produtos com o Millennium Acções Portugal, da Millennium Gestão de Activos a ser o fundo mais rentável, com 18,15% de rendibilidade. Estes produtos seguem o principal índice bolsista nacional – o PSI20 – que nos primeiros nove meses do ano atinge uma subida de 5,2%.

Com uma rendibilidade próxima da liderança surge a categoria que engloba os Fundos Poupança Ações (FPA). Neste segmento a APFIPP coloca também seis produtos, com o mais rentável a ser o BPI PPA que é gerido pela BPI Gestão de Activos. De realçar que os FPA são, segundo a Associação, “fundos que financiam Planos Poupança em Acções (PPA) de acordo com o Decreto-Lei n.º 204/95, de 5 de Agosto”, ou seja, apenas podem investir em “acções e títulos de participação cotados em bolsa de valores nacional”; em “unidades de participação em fundos de investimento mobiliário cujo património seja constituído por um mínimo de 50% de acções cotadas em bolsa de valores nacional”;  e ainda em “numerário, depósitos em instituições de crédito e aplicações no mercado monetário interbancário”. Ou seja, o core de investimento continua a ser o mercado nacional, tal como nos fundos de ações nacionais.

Com dois dígitos de rendibilidade ainda surge mais uma categoria: a dos fundos de ações sectoriais. Nas primeiras 42 semanas do ano a rendibilidade média deste segmento foi de 11,39%, com a análise a recair em seis produtos de investimento. O mais rentável do ano é o Montepio Euro Telcos com uma rendibilidade de 16,72%. Este produto é da responsabilidade da Montepio Gestão de Activos e investe no sector europeu das comunicações. Este fundo é, também, o produto mais rentável do mercado nacional nos últimos doze meses segundo a Associação.

Investimento em ações “dá mais frutos”

Nas categorias que se seguem na lista, oo investimento  em ações é a característica comum a todas elas. Com uma valorização média de 8,91% surge a categoria que investe em ações da União Europeia, Suíça e Noruega e que é composta por 13 fundos de investimento.

Com uma rendibilidade média de 4,19% surge, logo depois, o segmento que é composto por seis produtos e que engloba os fundos que investem do outro lado do Atlântico Norte, ficando a categoria de “outras ações internacionais” na posição seguinte com ganhos médios de 3,79% distribuídos por uma dúzia de produtos.

As categorias com rendibilidade média positiva em 2015

Categoria Nº de fundos Rendibilidade média (%)
Ações Nacionais 6 13,644
FPA 6 13,451
Ações Sectoriais 6 11,392
Ações UE, Suíça e Noruega 13 8,913
Ações América do Norte 6 4,187
Outras Ações Internacionais 12 3,795
Obrigações Internacionais 2 2,990
Multi-Activos Equilibrados 10 2,585
FPR 37 2,515
Multi-Activos Agressivos 4 1,971
Outros Fundos 2 1,730
Estruturados 2 1,346
FIA Obrigações 2 1,214
Multi-Activos defensivos 11 1,044
Obrigações Euro 11 0,895
Obrigações Taxa Indexada 10 0,271
Mercado Monetário Euro 3 0,238
FIA Monetário 1 0,189
FIA Multi-Activos 1 0,152
FIA Monetário Curto Prazo 2 0,059
FIA Curto Prazo 4 0,019
Fonte: APFIPP no dia 23 de outubro de 2015.