Como se têm comportado os fundos que investe no país do "Tio Sam"?

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Creativity+ Timothy K Hamilton, Flickr Creative Commons

Um dos eventos pelo qual o ano de 2016 vai ser lembrado é a eleição do 45º Presidente dos Estados Unidos da América. As duas maiores fações políticas da maior economia do mundo dividiam a sucessão de Barack Obama. Do lado do Partido Democrata, jogava-se a continuação no poder, com a potencial sucessão de Barack Obama a fazer-se por intermédio de Hillary Clinton. Do outro lado da barricada estava o Partida Republicano, que ambicionava eleger o magnata Donald Trump para a Casa Branca. Os resultados são os conhecidos – e contra a grande maioria das sondagens – e Donald Trump sucede à família Bush como presidente dos Estados Unidos pelo partido Republicano.

Além deste evento político, também o aumento recente das taxas de juro pela Fed, colocou os “olhos do mundo” na economia norte-americana. As taxas subiram de 0,5% para 0,75% e poderá ser apenas o início de um processo que poderá continuar durante o ano que está quase a chegar.

Com tudo isto, é importante olhar para os fundos nacionais que investem unicamente no mercado norte-americano. Segundo a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – existem seis fundos que apresentam o seu foco na maior economia mundial. De todos eles, aquele que regista maior rendibilidade nos doze meses anteriores a 20 de dezembro é o Santander Acções América, gerido pela Santander Asset Management, com uma rendibilidade de 19,16%. Acima de 15% de ganhos ainda surge mais um produto. Trata-se do Caixagest Acções EUA, da Caixagest, que regista uma rendibilidade de 16,34%.

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Esses mesmos dois fundos lideram o mercado, se ampliarmos o prazo de análise para os dois, três e cinco anos, embora com alternância na liderança e com valores muito próximos. A dois anos a liderança vai para o produto da Caixagest com ganhos de 16,98% contra os 16,36% do fundo gerido pela Santander AM. Já a três anos há um empate técnico, com ambos os fundos a conseguiram registar ganhos anualizados de 16,7%. A cinco anos o fundo da Caixagest supera o da Santander Asset Management em apenas um décima, situando-se acima dos 16% de ganhos anualizados.

E o resto do segmento?

Se olharmos para os restantes quatro fundos, estes surgem com rendibilidades bastante díspares entre eles. Com 13,17% nos últimos doze meses vem o IMGA Ações América que está sob alçada da IM Gestão de Ativos. Este produto é gerido por António Dias, e na ficha de novembro, revelava que o fundo “valorizou 5,1%, penalizado pelo posicionamento underweight nos setores financeiros e uma sobreponderação nos setores tecnológicos, também penalizados neste ambiente de mercado”.

Logo depois vem o BPI América D que faz parte da BPI Gestão de Activos. Gerido por José Badalo, este fundo “investe em acções cotadas em dólares sem protecção cambial, pelo que a rentabilidade do fundo é afectada positiva ou negativamente pela evolução do dólar face ao euro” tendo registado ganhos de 9,57% nos últimos doze meses. Relativamente ao mês passado, o gestor afirma, na ficha mensal, que “em termos sectoriais, mais uma vez o sector financeiro registou a melhor performance, após uma valorização mensal de 13.7%. Para além da subida das yields e potencial aumento das margens financeiras, a banca é um sector que pode vir a beneficiar do plano de diminuição de regulação de Trump”.

Os restantes fundos apresentam rendibilidades inferiores a 6%. Com 5,18% vem o NB Ações América da GNB Gestão de Ativos, enquanto que o BPI América, na Classe E, registou ganhos de 3,7%. Relembramos que esta classe E “investe em acções cotadas em dólares com protecção cambial”, conforme se pode ler no documento oficial do produto.