O segmento imobiliário tem sofrido inúmeras quedas ao longo dos últimos meses, e o mês passado não foi exceção. Segundo a CMVM, no final de agosto, “o valor sob gestão dos fundos de investimento imobiliário (FII), dos fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) e dos fundos de gestão de património imobiliário (FUNGEPI) situou-se em 10.645,7 milhões de euros, menos 74,6 milhões de euros (0,69%)” em relação ao mês anterior.
Se analisarmos apenas o universo APFIPP, que engloba somente as entidades associadas – cerca de 90% do mercado nacional - , verificamos que no final de agosto o volume sob gestão ascendia a 9.543 milhões de euros, menos 1% do que o valor atingido em julho. Já se a análise for feita em relação ao final do ano passado, a descida supera os 6%.
Como foram as movimentações nos segmentos?
A APFIPP divide o mercado dos fundos imobiliários em sete segmentos, consoante o seu investimento. O segmento que junta todos os fundos fechados é o maior, ao somar quase 4.750 milhões de euros em património no final de agosto. Em relação ao final do ano passado, apresenta um decréscimo superior a 6%. Os fundos abertos de acumulação e os fundos abertos de rendimentos surgem logo depois, com 1.966 e 1.471 milhões de euros, respetivamente. Realce ainda para o facto de todos os segmentos registarem perdas nos seus ativos sob gestão, desde do final do ano passado até final de agosto.
Se vincarmos a análise apenas na evolução mensal, há a destacar o facto de haver uma categoria que conseguiu crescer de julho para agosto. Trata-se do segmento que junta todos os fundos florestais, que registou um crescimento residual de 0,04% para 53,74 milhões de euros.
Os restantes segmentos registam quedas, com destaque para os FUNGEPI que sofreram a maior queda mensal, com uma descida superior a 7% em agosto, para um total de 520 milhões de euros.
Quadro-resumo do segmento imobiliário
Fonte: APFIPP no final de agosto