Como evoluíram os fundos de pensões no primeiro trimestre do ano?

8137804912_0ede241a6f_b
- Jitabebe, Flickr, Creative Commons

Segundo dados do Relatório de Evolução dos Fundos de Pensões relativo ao terceiro trimestre de 2017, divulgado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), neste período definido e face ao último trimestre de 2016, houve a criação de mais um fundo de pensões fechado, “em resultado da extinção de uma adesão coletiva, cujas responsabilidades e património foram transferidos para este novo fundo de pensões”, passando para um total de 140 fundos de pensões fechados.

Quanto aos fundos abertos, o número manteve-se nos 80. Quanto ao número de tipos de fundos abertos, esse montante não tem sofrido alterações ao longo dos trimestres.

Captura_de_ecra__2017-06-8__a_s_11

Adesões e Contribuições

Relativamente às adesões coletivas, o número aumentou para 858, um crescimento de cerca de 2,6% face ao final de 2016. Repartidas por 17 fundos de pensões abertos, foram feitas 35 novas adesões e extintas 13, das quais duas dessas por liquidação e as restantes por transferência para outras adesões coletivas já existentes.

Comparativamente ao primeiro trimestre de 2016, verificou-se um aumento de 348% no número de contribuições dos associados e participantes. “Esta evolução resultou, principalmente, da necessidade de alguns associados em efetuarem contribuições extraordinárias para os fundos no sentido de repor o nível de financiamento das responsabilidades”, como explica a ASF.

O montante dos benefícios pagos apresentou um decréscimo significativo de 8,3%, comparativamente com o período homólogo, “resultante da diminuição de remições pagas em adesões individuais a fundos de pensões abertos”, destaca o relatório.

Captura_de_ecra__2017-06-8__a_s_11

Composição das Carteiras

No final do trimestre em questão, os ativos geridos pelos fundos de pensões representavam 18,8 mil milhões de euros, a que corresponde um acréscimo de 1,8% face aos valores observados no final do ano anterior. Esta evolução resulta do aumento de 2,3% nos fundos de pensões fechados e da diminuição de 2,2% nos fundos abertos.

Tendo em conta as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rendibilidade dos fundos de pensões, face ao final do ano de 2016 foi de 0,94%.

Na data em análise, os títulos de dívida continuavam a ser a categoria mais expressiva, representando 47% do total (29% de dívida pública e 18% de preponderância de obrigações privadas), seguindo-se a exposição a fundos de investimento com 29%, os imóveis com 8%, os depósitos bancários com 7% e as ações 8%.

Captura_de_ecra__2017-06-8__a_s_11