Como andam os fundos de ações que investem em Portugal em 2015?

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Kasia_O, Flickr, Creative Commons

O ano de 2015 tem sido um “tanto ou quanto estranho”. A bolsa portuguesa tem andado numa roda-viva nos primeiros onze meses do ano. Os dados da CMVM apontam para que o principal índice bolsista nacional – PSI20 – tenha crescido nos primeiros onze meses do ano 11,5%, embora tenha registado quedas em três dos últimos quatro meses.

Com investimento directo em empresas nacionais encontramos sete produtos, que nos primeiros onze meses de 2015 registam uma valorização média de 14,35%. Nesse mesmo período o produto nacional que regista melhor comportamento é o IMGA Acções Portugal. Gerido por Nuno Marques da IM Gestão de Ativos, o fundo atinge ganhos de 18,51% em 2015 até ao final do mês passado. Nos maiores investimento encontramos o BCP, a Sonae SGPS e ainda a NOS. Na última ficha do produto, referente ao mês de outubro, o gestor afirmava que as”posições detidas em BCP, BPI e Portucel foram as que mais contribuíram, positivamente, para o retorno mensal do fundo”. À Funds People, o gestor afirmava – na revista número 10 - que existem alguns factores que o ajudam a escolher uma empresa como por exemplo a “liquidez transacional e o free float”, além de outros factores de seleção, como  as “especificidades operacionais de cada empresa que se refletem nos resultados”, e ainda a “qualidade do balanço”.

A curta distância da liderança vem o Banif Acções Portugal da Banif Gestão de Activos. No período em questão a sua rendibilidade é de 18,48% com o património a superar os 5 milhões de euros. Entre as maiores posições em carteira encontramos um futuro sobre o PSI-20, além das cotadas Altri, EDP Renováveis ou ainda a Sonae SGPS.

O top3 desta categoria, em termos de rendibilidade, é encerrado com o BPI Portugal da BPI Gestão de Activos. Nos primeiros onze meses de 2015 a sua rendibilidade atinge os 16,49% com o seu património, no final de outubro, a superar os 31 milhões de euros. Nas maiores posições em carteira encontramos diversas cotadas nacionais – NOS, Sonae SGPS ou BCP – além de um investimento noutro fundo da mesma casa de investimento: o BPI Monetário Curto Prazo.

Quem consegue superar o PSI-20?

Dos fundos que investem no mercado acionista nacional, podemos encontrar mais dois produtos que conseguem superar o PSI-20 nos primeiros onze meses do ano: o Caixagest Acções Portugal e ainda o Invest AR Médias Empresas Portugal.

O primeiro está sob gestão da Caixagest e atinge uma rendibilidade de 15,35%. No final de outubro o seu património ascendia a quase 38 milhões de euros com o maior investimento a ser realizado num futuro sobre o PSI-20, seguido da Portucel.

Já o segundo é da responsabilidade da Invest Gestão de Activos e regista ganhos de 14,26%. Gere mais de 6 milhões de euros e conta, como maiores investimentos, as cotadas Sonae SGPS e ainda o BCP.

Os fundos de ações nacionais em 2015

Fundo Gestora Rendibilidade 2015 (%)
IMGA Acções Portugal IM Gestão de Ativos 18,518
Banif Acções Portugal Banif Gestão de Activos 18,485
BPI Portugal BPI Gestão de Activos 16,496
Caixagest Acções Portugal Caixagest 15,352
Invest AR Médias Empresas Portugal * Invest Gestão de Activos 14,269
NB Portugal Ações GNB Gestão de Ativos 8,759
Santander Acções Portugal Santander Asset Management 8,579
Fonte: APFIPP no final de novembro. *Fora do universo APFIPP.