Commodities determinam fluxos de ETFs mais negociados

3701279717_27807de9a4
Michael Cereghino (Avsfan118), Flickr, Creative Commons

Também em relação ao investimento em ETFs os investidores do ActivoBank mostraram-se defensivos, como já tinha acontecido com os fundos de investimento. Segundo o que determina João Graça, do ActivoBank, “o posicionamento em ETFs demonstra um posicionamento em sectores mais defensivos ainda que de forma alavancada com os dois primeiros lugares a serem assegurados pelo sector do ouro”. Por outro lado, o profissional mostra que adicionalmente se voltou a ver “o interesse dos investidores em beneficiar de exposição a volatilidade que se manteve elevada”. Em termos geográficos, da entidade assistiram a “investidores a tentar aproveitar as correções dos mercados chineses e europeu por contraponto de posições longas na Alemanha e Rússia”, enquanto que a nível sectorial “manteve-se a tendência que se tem vindo a verificar nos últimos meses de beneficiar com a correção do sector energético”.

No caso do BiG, Isabel Soares, gestora de produto, indica primeiramente que “o mês de fevereiro voltou a ser dominado pelos elevados níveis de volatilidade ainda que com os mercados a darem sinais de recuperação na segunda metade do período”. Nos produtos mais negociados, por seu lado, foram poucas as novidades face a janeiro. “Os investidores parecem continuar a privilegiar exposição ao segmento acionista europeu pelo que não existem grandes novidades na lista de títulos onde se registaram maiores volumes de negociação: Lyxor ETF Ibex 35, db x-trackers FTSE MIB Index UCITS, iShares Core DAX UCITS ETF ou iShares Euro Stoxx 50 UCITS ETF continuaram em destaque pelos elevados flows”, sentencia a profissional. Um dos destaques do período foram “os volumes de negociação registados em alguns produtos que têm como objectivo replicar a evolução do preço de determinadas commodities”.  A este nível, os investidores privilegiaram “o petróleo (tendência já identificada em janeiro), o gás natural e ouro”.

Do Banco Best, Carlos Almeida, diretor de investimentos da entidade, relata que em fevereiro “os dois ETFs mais negociados procuraram o investimento no continente Europeu, apesar da diversidade deste TOP 5 evidenciar buscas pelo investimento quer nos Estados Unidos, quer no Japão”. O profissional destaca que “a procura por instrumentos que acompanhem o índice alemão DAX manteve-se à semelhança do passado mês, mas através de um ativo diferente”. Segundo explica, “o ETF da sociedade gestora iShares BlackRock - o iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist), continua a liderar a procura dos investidores em 2016”. Recorda que este é um ETF que “investe nas 50 maiores empresas da zona euro, com incidência nos sectores financeiros e industrial e com maior foco em França, Alemanha e Espanha”. No segundo posto aparece o “iShares MSCI Europe UCITS ETF (Acc) EUR”, que também “busca a oportunidade de investimento na Europa acompanhando um índice composto por empresas de países desenvolvidos da Europa, com especial foco em empresas do Reino Unido, França, Suíça e Alemanha”. O profissional indica também que “em relação ao mês passado o ETF iShares S&P 500 UCITS ETF (Dist) EUR, manteve-se nos mais transacionados graças ao seu objetivo de investimento nas 500 maiores companhias dos EUA”, tendo à semelhança do ETF líder deste mês distribuição trimestral. Tal como já acontecia no mês passado, o quarto posto “olha” para terras germânicas. “Se no mês passado tivemos um ETF que visava acompanhar o desempenho de um índice composto pelas 30 maiores e mais negociadas empresas alemãs cotadas no segmento Prime da Frankfurt Stock Exchange, este mês temos outro ETF com o mesmo objetivo, ou seja, acompanhar o índice DAX que compreende as maiores e mais negociadas empresas alemãs listadas na Bolsa de Frankfurt”, diz Carlos Almeida. No último lugar, aparece “o ETF iShares MSCI Japan EUR Hedged UCITS ETF EUR”, que representando o mercado japonês, “permite o investimento a 100% no mercado japonês sem risco cambial”.