"Com a Real Vida ficamos com todos os meios para poder crescer e prestar melhor serviço aos nossos clientes"

O processo de venda da seguradora do universo BPN pelo Estado, à qual a Patris concorreu, está a aguardar desfecho, o que Gonçalo Pereira Coutinho espera que aconteça em breve. "Com a Real Vida ficamos com todos os meios para poder crescer  e ir prestando um serviço cada vez melhor aos nossos clientes", afirmou o CEO da Patris Investimentos, em entrevista à Funds People Portugal.

O grupo quer focar-se nas áreas de gestão de activos, corretagem, aconselhamento, produtos de poupança, produtos de investimento, fundos mobiliários, imobiliários, capital de risco e, com a compra da Real Vida, ficaria "com todos os instrumentos necessários" para o fazer e para construir "um grupo pequeno grupo financeiro" e crescer de forma orgânica. "Queremos ser vistos no mercado como um 'player' independente, isento, profissional, com ligações aos melhores bancos de investimento internacionais, que podem também apoiar os nossos clientes, que têm disponível uma arquitectura aberta. Oferecer este conjunto de serviços e de produtos... é aqui que queremos ser realmente fortes", salientou Gonçalo Pereira Coutinho.

O CEO da Patris acredita que há "muito espaço" para crescer neste mercado e considera que, tanto o pequeno aforrador como o institucional, "cada vez mais vai querer falar com gestores de activos e consultores independentes e isentos".
  
Conversas com corretoras brasileiras e espanholas

Quanto à internacionalização da actividade há desenvolvimentos, mas que ainda não terão desfecho para já. Tem havido "várias conversas com corretoras brasileiras e espanholas" e pode via a haver "alguma parceria na área da corretagem", mas "não há nada muito avançado", afirmou.

O que tem havido são "vários contactos, manifestações de interesse, sobretudo de empresas brasileiras interessadas em estarem associadas a uma corretora portuguesa, para terem acesso ao mercado Euronext e à bolsa de Nova Iorque, mas ainda não há nada fechado", adiantou Gonçalo Pereira Coutinho.

O que entretanto ficou posto de parte foi o plano de dispersão do capital da Patris em bolsa, concretamente no mercado para PME, Alternext. O CEO da empresa explica que tal ficou a dever-se a duas razões: "uma porque, neste momento, não precisamos de aumentar capital, felizmente; e a segunda porque as condições de dispersão e capital nesta altura são muito difíceis".