O esforço de provisionamento total no semestre atingiu 728,9 milhões de euros, um aumento de 87% face ao valor total de 399 milhões registado nos primeiros entre Janeiro e Junho de 2011, com a imparidade de crédito a ascender a 483,3 milhões e as provisões e a imparidade de outros activos líquidos a atingir 245,6 milhões", refere a instituição financeira no comunicado de resultados semestrais. Parte significativa deste último montante, acrescenta, destina-se "a fazer face à desvalorização verificada nas participações detidas pela CGD, designadamente na Portugal Telecom, na La Seda Barcelona e no BCP, e à exposição na área seguradora do grupo".
O crédito a clientes (bruto e excluindo operações de repos) foi de 81,3 mil milhões de euros, uma descida de 1,5% face ao valor homólogo, tendo "o rácio de transformação medido pelo crédito líquido relativamente aos depósitos de clientes" sido de 120,4%, "que compara com o rácio de 128,2% registado no final de junho de 2011, atingindo o valor indicativo para os bancos portugueses para 2014 no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira (120%)", refere o banco estatal.
A margem financeira caiu 10,3% para 719,7 milhões de euros, enquanto o produto da actividade bancária e seguradora aumentou 8,4% para 1,62 mil milhões de euros e os custos diminuíram 3,7% para 826,7 milhões, tendo o resultado bruto de exploração registado uma subida de 24,8%, para 792,4 milhões de euros.
Comissões líquidas sobem
As comissões líquidas registaram um crescimento de 3,9%, passando de 247,9 para 257,7 milhões de euros, "reflectindo sobretudo o comportamento das comissões provenientes da actividade internacional", salienta a CGD, as quais aumentaram 18,3% para 65,1 milhões de euros.
A subir face ao primeiro semestre de 2011 estiveram também as comissões da banca de investimento, que passaram de 25,1 para 25,7 milhões de euros. Já na área de gestão de activos houve uma queda de 1,6% no montante de comissões, que passou de 15,6 para 15,4 milhões de euros.