Carteira do Banco Invest valorizou 1,2% em agosto

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michaeljosh, Flickr, Creative Commons

Aquele que é o mês estival por excelência caraterizou-se por alguma dinâmica nos mercados. Em agosto os índices acionistas europeus Eurostoxx-50 e Dax-30 registaram uma valorização de 1.8% e de 0.7%, respetivamente. Nos EUA, por outro lado, os índices S&P 500 e Nasdaq-100 registaram uma subida de 3.8% e 4.9%, respetivamente, destacando-se que o S&P-500, pela primeira vez na história, ultrapassou os 2.000 pontos.

Reforço no mercado português

No caso do mercado português, o “Invest Montly” elaborado mensalmente pela Invest Gestão de Activos, evidencia que o “PSI 20 perdeu em agosto -0,6%, penalizado pela saída do Banco Espírito Santo”. Desta forma, na alocação de ativos realizada pela entidade, ao nível do mercado português, é salientado que “o mês se pautou pela volatilidade, com a primeira quinzena a ser dominada pela crise do GES”. No entanto, enfatizam que “na segunda metade do mês, o mercado conseguiu encetar uma forte recuperação, impulsionado por bons indicadores macroeconómicos e pela perspetiva de novas medidas de estímulo monetário na Zona Euro”. Paulo Monteiro, da Invest Gestão de Activos, à Funds People indicou precisamente que perante este cenário “em Portugal acabámos por reforçar exposição a ações nacionais, depois das quedas acontecerem”.

Um “sim” aos emergentes

A carteira do Banco Invest no oitavo mês do ano valorizou 1.2%, alcançando nos últimos 12 meses uma rendibilidade acumulada que ascende a 13.3%, “mais 170 bps do que o respetivo benchmark”, pode ler-se na nota. Ainda no que concerne à alocação de ativos da entidade, em agosto é dito que “se reduziu ligeiramente o peso em ações, com a tomada de mais-valias num fundo de ações globais”. Relativamente aos mercados emergentes, Paulo Monteiro realça a visão positiva do Banco face à performance da região. “Começámos a aumentar a exposição a mercados emergentes durante o primeiro semestre do ano, em meados de maio, e agora temos mantido essa alocação nas carteiras. Estamos confortáveis com a exposição a emergentes, por que as avaliações são interessantes tanto em termos históricos como relativos”, resume.

Na componente obrigacionista, o “Invest Montly” refere que “não foram efetuadas alterações na carteira”. Contudo, a entidade frisa que “a margem para a redução dos spreads de crédito destas empresas é cada vez menor, o que aliado às baixas taxas de juro sem risco nos deixa  pouco confortáveis com este risco nesta fase”. Assim sendo, dizem, “numa ótica de risco-retorno, considerando a correlação histórica entre os spreads de crédito e a evolução das ações, é expectável que se proceda à redução da exposição a esta classe de ativos no curto prazo”. Ainda neste campo, Paulo Monteiro salienta que “se realizaram algumas mais valias ao nível do high yield europeu”.