Carla Bergareche: “Ações europeias e alternativos nos planos para 2016”

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Cedida

“Bem-vindos à 15ª edição da Schroders Lisbon Annual Client Conference. É com enorme satisfação que verificamos que no ano passado o número de participantes foi de 150 e este ano passámos a barreira dos 230”, iniciou assim Carla Bergareche, country head de Espanha e Portugal da Schroders, em mais um evento que reuniu, na manhã de ontem, no Ritz Four Seasons Lisboa, profissionais das áreas de gestão de ativos: fundos de pensões, companhias de seguros, gestoras de fundos, private banking, consultoria de investimentos, entre outras.

15 anos depois do primeiro evento deste género realizado pela Schroders em Portugal, Carla Bergareche destaca muito do que se passou nos mercados financeiros. Como exemplo, identificou “a bolha das dot.com do início do século, passando pelo rally dos preços do petróleo ou ainda pelo valor mais alto atingido pelo Nasdaq no ano de 2000 e que, desde então, apenas foi superado no primeiro trimestre deste ano.

Perspectivas de alocação

Se na conferência realizada no início de 2014 foi perguntado aos profissionais quais os investimentos que tencionavam realizar durante os doze meses seguintes, Bergareche confrontou as respostas da altura com os dados de mercado que possui. Eis as conclusões: ações europeias eram a classe onde os investidores portugueses pretendiam investir mais dinheiro. Na verdade, isso verificou-se como uma terceira prioridade, estando as classes de obrigações corporate investment grade e ainda obrigações denominadas em dólares, nas posições cimeiras das tendências de alocação. Repetindo a mesma pergunta mas com os olhos postos em 2016, a aposta no velho continente voltou a ecoar entre os presentes.

Novas ferramentas

Como não podia deixar de o fazer e, ainda antes de passar a palavra ao economista Azad Zangana, a country head salientou o lançamento de uma ferramenta de valor acrescentado para os investidores. A IncomeIQ promete ajudar tanto advisors como clientes a evitar erros de investimento. Leia aqui mais detalhes sobre esta nova ferramenta da Schroders.

Grande panóplia de temas

O evento trouxe a Lisboa alguns dos mais reconhecidos especialistas da entidade que focaram temas pertinentes numa lógica de apresentar um Outlook para ano que se aproxima. Desde logo Azad Zangana identificou as grandes temáticas para 2016: a política monetária da Fed e suas implicações, a evolução dos mercados emergentes, com especial importância de um possível hard landing na China, o QE levado a cabo pelo BCE e, não menos importante, a eventualidade de um Brexit (referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia).

Seguiram-se apresentações de conhecidos gestores como Martin Skanberg que se encarregou de apoiar a tese de investimento em ações europeias, geografia onde se assiste a uma recuperação generalizada das economias. Waj Hashmi centrou a sua intervenção nos mercados emergentes e nas oportunidades estratégicas que representa uma entrada nestes mercados, no momento atual.

Do lado da dívida, falaram Alan Cauberghs e Rajeev de Mello, com o primeiro a analisar genericamente o mundo das obrigações e o facto de muitas vezes estar em ‘cash’ ser a melhor alternativa, e o segundo a dar enfâse ao potencial das obrigações asiáticas. A Matthew Michael coube a análise do mercado das commodities.