Capital de risco aumentou ativos sob gestão

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Caston Corporate, Flickr, Creative Commons

Segundo o relatório anual da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre a atividade de Capital de Risco, o sector aumentou os ativos sob gestão em 18,3%, ascendendo a cerca de 3,1 mil milhões de euros no final de 2012.

“Esse movimento, à semelhança da tendência verificada nos últimos dez anos, ficou a dever-se ao lançamento de novos fundos de capital de risco ditos “de reestruturação”, com foco em empresas com necessidade de reestruturação financeira e de gestão (“turnaround”)”, segundo pode ler-se no relatório do regulador.

Em sentido contrário, as SCR sobre a forma societária reduziram o valor sob gestão em 15,6%, para os 637,2 milhões de euros.

Número reduzido de sociedades com muito valor investido

Os dados do relatório mostram que as cinco maiores sociedades (ECS, Caixa Capital, Finpro, Portugal Capital Ventures e Espirito Santo Capital) detêm cerca de 80% de todo o capital gerido. A ECS detém 40,7% do montante total sob gestão. Essas cinco sociedades são responsáveis por 35,8% das participações em empresas financiadas pelo capital de risco.

Nos fundos, dez FCR equivaliam a 79,4% de todo o valor sob gestão. O destaque vai para a ECS que apenas gere três FCR mas que tem 50,6% de quota de mercado. Em relação ao número de FCR sob gestão, a Portugal Capital Ventures gere 25, sendo a sociedade com mais fundos sob gestão.

Empresas nacionais aumentam participação

No que toca à localização dos investimentos, o capital de risco diminuiu a sua participação em empresas não residentes em 13,8%, face a 2011. Situação contrária para as empresas nacionais, em que houve um acréscimo de 38,7%. O investimento realizado pelas SCR e pelos FCR relativos às participações em capital social de empresas residentes não cotadas diminuiu 13,1 % para 513,4 milhões de Euros. Já para as empresas não residentes não cotadas o valor ascendeu a 540,7 milhões de euros (diminuiu 8,9% face a 2011).