Caixagest em destaque nas captações em junho

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Christopher.Michel, Flickr, Creative Commons

Numa escalada interessante, a indústria de fundos mobiliários nacional chegou a meio do ano com mais um mês no “verde” no que toca às captações líquidas. Junho, segundo último relatório mensal da APFIPP referente aos fundos mobiliários, trouxe um saldo entre subscrições e resgates de  174,7 milhões de euros. Os ativos sob gestão dos fundos mobiliários chegaram, em termos totais, aos 11.895,2 milhões de euros.

No mês em análise, o fundo com maior volume de captações foi o Caixagest Liquidez destronando assim aquele que foi o produto com maiores captações líquidas em maio: o Caixagest Obrigações Mais, que em junho recuou para o segundo lugar do ranking.

Caixagest: 100 milhões em dois fundos

O Caixagest Liquidez conseguiu mais de 60 milhões de euros de captações líquidas, o que configura mais de um terço do volume total de subscrições líquidas. Segue-se, como já indicado, o Caixagest Obrigações Mais, com quase 47 milhões de euros de entradas líquidas. A Caixagest arrecadou só com estes dois fundos mais de 100 milhões de euros, no mês em análise. De realçar que embora a Caixagest tenha sido a entidade com maior volume de captações no mês, esse saldo ficou-se pelos 75 milhões de euros.

Acima de 10 milhões de euros há espaço para nove fundos, de quatro entidades distintas. Logo no terceiro posto é a vez de surgir o BPI Reforma Segura PPR, da BPI Gestão de Activos, que assistiu a entradas superiores a 20 milhões de euros. O outro fundo que se segue é também ele um PPR, no caso o IMGA Poupança PPR, que assistiu a entradas líquidas muito próximas de 20 milhões de euros.

Ausência de fundos de ações

No panorama geral de fundos que captaram acima de 3 milhões de euros, é de realçar a ausência de fundos de ações e, pelo contrário, a evidente hegemonia de fundos mais defensivos, tais como os de obrigações. Recorde-se que também no mês existiram novidades quanto aos fluxos de fundos nos ETFs Europeus. Pela primeira vez, os ETFs de obrigações superaram os de ações no que toca a entradas de dinheiro.

Fundos com captações acima de 3 milhões de euros em junho 

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Fonte: APFIPP, 31 de julho