Bolsa portuguesa fecha semana em baixa

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Ars Electronica, Flickr, Creative Commons

O PSI-20 voltou a cair, pela quarta sessão consecutiva, desta vez 1,32% para os 6.149,39 pontos. Nas restantes congéneres europeias, o cenário manteve-se com Madrid a deslizar 1,01% e Paris 0,08%. A praça de Frankfurt foi a única do conjunto a fechar no verde, progredindo 0,06%.

Na NYSE Euronext Lisboa foram 16 as empresas cotadas a assistirem à queda do preço das suas ações; a cotação do Banif manteve-se inalterada relativamente à sessão de quinta-feira, enquanto a Altri, o Banco BPI e a Galp Energia fecharam em contra-corrente, subindo em média 0,41%.

O sector financeiro foi um dos que mais penalizou, no global, a performance do mercado bolsista português com o BES a cair 2,58% para 0,908 euros e o BCP a desvalorizar 0,95% para os 0,104 euros. O Banco BPI quebrou o cenário negativo do sector e fechou a subir 0,95% para 1,06 euros.

Entre as energéticas, pela positiva a Galp Energia que valorizou 0,24% para os 12,500 euros enquanto a EDP renováveis deslizou 0,94% para os 4,003 euros, a EDP desceu 0,45% para os 2,67 euros e a REN que fechou, tal como as duas anteriores, no vermelho, perdendo 0,32% para 2,185 euros.

As telecomunicações foram o outro peso pesado da sessão de hoje uma vez que a PT viu o preço das suas ações baixar para 3,345 euros correspondendo a uma variação negativa de 3,74%, a mais acentuada do índice português esta sexta-feira. Isto acontece após a Caixa Geral de Depósitos ter vendido a quase totalidade da sua participação na operadora. A ZON Optimus deslizou 3,11% para 5,019 euros e a Sonaecom caiu 2,74% para 2,272 euros.

As concorrentes retalhistas tiveram um desfecho semelhante e encerraram ambas em terreno negativo: a Sonae SGPS a perder 2,97% para 1,014 euros e Jerónimo Martins a "escorregar" 1,24% para 14,330 euros. 

Resuma da Semana por Nuno Marques, gestor de fundos na Banif Gestão de Activos

A semana que agora termina foi negativa para os mercados acionistas periféricos: Portugal (PSI-20) -3.1%, Itália (MIB 30) -2.1% e Espanha (IBEX35) -1.9%.  No que respeita o mercado nacional destacaria as empresas eléctricas (EDP Renováveis +0.83%, REN +0.09% e EDP -0.26%), com perfil mais defensivo e já penalizadas anteriormente por alterações regulatórias, e, pela negativa, destaque para o sector financeiro (BES -8.47% e BCP -3.7%) e de telecomunicações (PT -8.76%, SonaeCom -4.3% e Zon Optimus -4.22%), sectores também penalizados no universo europeu dado questões regulatórias na banca e maus datapoints nos resultados de algumas operadoras de telecomunicações.

Como referido acima, uma questão relevante no âmbito internacional foi a divulgação de pormenores relativos ao exercício de AQR a ser realizado pelo BCE ao longo do próximo ano, e que foi utilizado pelos investidores como pretexto para realizar mais-valias no sector. O facto de a época de resultados estar a ser fraca na Europa também pressionou o mercado accionista.