BBVA Research – “Portugal na saída da crise: um olhar sobre o futuro”

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geometre18, Flickr, Creative Commons

Rafael Doménech, Chief Economist for Developed Economies no BBVA Research, parece ser um otimista relativamente ao trilho da economia nacional. Num dos recentes documentos que o BBVA Research elaborou sobre a situação nacional, o especialista descreve e resume as principais mensagens a ter em conta no percurso da economia portuguesa. “Portugal cresceu finalmente em 2014, depois de três anos de taxas de crescimento negativas, apoiado por uma combinação de factores internos e externos”, aponta como primeiro ponto. O conjunto de reformas executadas, salientam, “está por detrás da recuperação”. Da entidade acreditam que o crescimento será ainda maior e mais duradouro e “é fundamental que se avaliem e ajustem as reformas realizadas”.

Portugal: com escudo mais reforçado face a um ‘Grexit’...

Porque o efeito de contágio tem sido uma das expressões mais utilizadas nos últimos tempos, do BBVA Research fizeram questão de analisar qual o risco do 'Grexit'. Da entidade salientam que se não tivesse existido acordo na passada segunda-feira, “ter-se-ia posto imediatamente em marcha um plano para fazer frente à eventual saída do euro, cujas consequências seriam nefastas para Grécia”.

Embora países como Portugal e Espanha não sejam imunes a esta situação, ambos estão “muito melhor preparados do que em 2012 para fazer frente ao Grexit”.

...Mas as incerteza persistem

Em 2014 o PIB nacional avançou 0,9%, em 2015 o incremento foi de 2,1% e em 2016, do BBVA Research, preveem um crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto. No primeiro trimestre de 2015, o crescimento da economia lusa baseou-se essencialmente na “procura interna, consumo privado e, sobretudo, no aumento do investimento”.

Apesar de estar melhor preparado para fazer frente a um Gréxit, nunca é demais olhar para os riscos eminentes que afetariam Portugal. Do BBVA Research escrevem que “a incerteza sobre a Grécia está a reavivar as tensões”, e deve evitar-se que a “incerteza política frene a recuperação”.

Vários desafios pela frente

O caminho positivo que o documento da entidade retrata considera por outro lado os vários desafios que Portugal ainda tem pela frente. Acreditam que há que dar “seguimento e avaliação regular das reformas realizadas”, bem como uma “remodelação e proposta de novas reformas até que o objetivo seja alcançado”.