Ásia, Emergentes e um pouco de Europa: o rumo dos mais subscritos em agosto

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clevercupcakes, Flickr, Creative Commons

O mês de agosto nas três plataformas portuguesas configurou-se como sendo de regresso mais acentuado aos mercados emergentes. O top 10 dos fundos mais subscritos em cada uma das entidades demonstra isso mesmo, mas também o interesse crescente pela Ásia, sem deixar de lado a “segurança” do Velho Continente.

No caso do Banco Best, Rui Castro Pacheco, começa por resumir que “neste mês se voltou a registar alguma preferência pelo risco, com cinco fundos de ações no top 10, um fundo misto e quatro de obrigações”. No entanto, avança que “nos fundos de ações a novidade é o aparecimento da China, com um fundo gerido pela Invesco”.

Lembra que “depois de alguns meses ou mesmo anos em que se descontou um arrefecimento da economia chinesa, os mercados de ações começaram a dar sinais de atratividade com as avaliações de algumas empresas a revelarem-se mais “baratas” que as suas congéneres de outros países. Deste modo, o mercado tem registado valorizações atrativas e captado alguns investidores”. Confirmando também a forte presença dos mercados emergentes estão outros “fundos de ações já repetentes”: “O MENA da Franklin Templeton, que investe em empresas do Médio Oriente e Norte de África, os fundos geridos pela Alken e Schroder que investem na Europa e o fundo da Legg Mason, gerido pela ClearBridge, que investe nos Estados Unidos”, enumera.

Sem descurar a Europa

No caso do Banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto, infere que o mês de agosto “não consubstancia grandes alterações face ao mês anterior”. Assim, também da entidade é assinalado que “os investidores continuam a privilegiar exposição a zonas geográficas como Europa e Emergentes ou Ásia”. Com seis fundos de ações e quatro de obrigações no top, a profissional assinala que “apesar de alguns factores potencialmente destabilizadores (nomeadamente o conflito Rússia - Ucrânia), os investidores continuam a percepcionar valor e oportunidades de investimento na Europa, quer no segmento accionista onde destacamos os inflows nos fundos JPMorgan Europe Equity Plus , Fidelity Iberia ou Pioneer Funds European Potential, quer no segmento obrigacionista onde os fundos com exposição a dívida soberana dos países da periferia  (nomeadamente BNY Mellon Euroland Bond ou Blackrock Euro Bond) continuam a ser alvo de bastante procura”.

Isabel Soares especifica também que “os mercados emergentes continuam a atrair investidores. Nos produtos com este tipo de exposição, destacamos  as entradas de capital no fundo de acções Fidelity Emerging Markets  e no fundo de dívida BNY Mellon Emerging Markets Debt Local Currency”

Habituées vs novidades

Ao nível do risco intermédio, do Banco Best Rui Castro Pacheco fala do já “conhecido Nordea Stable Return que, para além de uma estável e sólida carteira de obrigações, investe parte do seu património nos mercados de ações”. Do lado das obrigações, salienta-se um “estreante”: “aparece este mês o fundo gerido pela Deutsche que é o fundo mais conservador deste top, ao investir em obrigações essencialmente governamentais e já com maturidades curtas, menos sensível a variações nas taxas de juro”, refere o head of asset management. Habituais no top são, por outro lado “o fundo flexível gerido dinamicamente pela Júpiter e dois de obrigações high yield, sendo o gerido pela AXA uma versão global e o da Allianz uma versão dedicada a dívida americana”.

Pouco risco

No ActivoBank, a lista de fundos também reflete as mesmas preferências geográficas enunciadas anteriormente. Guilherme Cardoso num comentário mais macro sobre o mês passado, afirma que este fica marcado “não só pela falência do Grupo Espírito Santo e pelos constantes avanços e recuos da situação ucraniana, mas também pela deterioração dos dados económicos da Zona Euro, revelando dificuldades no crescimento dos PIBs italiano e alemão”. No entanto, lembra que “no início de Setembro, Mário Draghi mostrou que poderá estar disposto a render a FED no esforço de expansão monetária. Teremos de aguardar pelas próximas intervenções do banqueiro para confirmar ou não esta tendência”, conclui.

 

TOP TEN DOS FUNDOS MAIS SUBSCRITOS EM AGOSTO 

 

Best

ActivoBank

BiG

1

AXA World Funds Global High Yield Bonds E Capitalisation EUR hedged (95%)

 

DWS Inv I Euro Bonds (Short) NC

JPMorgan Europe Equity Plus Fund

 

2

Jupiter JGF Dynamic Bond L EUR Inc

 

Invesco Global Bond Fund E

BNY Mellon Euroland Bond P

 

3

Franklin MENA Fund N Acc €-H1

Fidelity Funds Euro Bond A

Fidelity Funds - Iberia Fund

 

4

Alken Fund European Opportunities-A

 

BNY Mellon Brazil Equity Fund A

Schroders ISF Asian Equity Yield

 

5

Nordea-1 Stable Return Fund E EUR

Amundi F Bond Europe FE

BNY Mellon Emerging Markets Debt Lc Crcy

 

6

Deutsche Invest I Euro Bonds (Short) NC

 

SISF Euro Bond B

Fidelity Funds-Emerging Markets Fund

 

7

Schroder International Selection Fund European Dividend Maximiser B Dis

 

Parvest Bond Euro Government N

BlackRock Pacific Equity Fund

 

8

Allianz US High Yield AM (H2-EUR) EUR

 

BNY Mellon Global Real Return

BlackRock Euro Bond Fund

 

9

Legg Mason ClearBridge US Aggressive Growth Fund Class A EUR Acc

 

UBS(Lux) SF Growth (Eur) N Acc

PIMCO Total Return Bond Fund

 

10

Invesco Funds - Invesco Greater China Equity Fund E

 

Pictet Generics HR Eur

Pioneer Funds European Potential