“As modas” de cada estação

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Martyn.Smith., Flickr, Creative Commons

Estamos quase no final do ano e o inverno “está à porta”. Esta estação surge muito perto do final de cada ano, e nos nove meses anteriores passamos pelas restantes três estações: Primavera, Verão e Outono. Até aqui as novidades são poucas ou nenhumas. Em cada período de sensivelmente três meses, muita coisa acontece no dia-a-dia, e os mercados financeiros não fogem à regra.

Primavera..."tempo de samba"

A primeira estação que efetivamente teve início no novo ano foi a primavera, que se iniciou a 20 de março e terminou a 21 de junho. Durante esse período, a rendibilidade média dos fundos mobiliários nacionais, de acordo com a Morningstar, foi de -1,79%.

Foi um período um tanto ou quanto turbulento, com apenas um fundo a conseguir destacar-se nesse período, com uma valorização superior a 10%. Trata-se do NB Brasil que é gerido por Ricardo Santos da GNB Gestão de Ativos. Durante a primavera o produto registou ganhos de 14,08% e no final de junho geria um património superior a 2,2 milhões de euros. Na ficha do produto, referente ao último mês da primavera – junho – o gestor destacou alguns factores que ajudaram o produto a crescer: a “boa performance das empresas seguradoras, como a Sul América e a Porto Seguro” e ainda o “entusiasmo na TIM com a entrada da Vivendi no capital da casa-mãe, a Telecom Itália, com a possibilidade de aumentar a consolidação no mercado brasileiro”.

Nesse período de tempo, destaque também para o Montepio Euro Telcos, da Montepio Gestão de Activos, que registou ganhos de 5,09% através do seu investimento nos gigantes europeus que trabalham na área das telecomunicações.

Verão...sinónimo de Caixagest

O período mais quente do ano, em termos de temperatura, corresponde ao verão e ocorre entre os dias 21 de junho e o dia 23 de setembro. No entanto foi um período em que os fundos mobiliários nacionais "resfriaram", já que a rendibilidade média nesse tempo foi negativa na ordem dos 5%.

Ainda assim, apesar da enorme volatilidade sentida - e que trouxe para baixo as rendibilidades- alguns produtos conseguiram destacar-se pela positiva, indo o destaque para os fundos da Caixagest. Dos cinco produtos mais rentáveis no período em questão, quatro pertencem a esta entidade, com os dois lugares cimeiros a serem ocupados pelo Caixagest Infraestruturas e pelo Caixagest Private Equity. O primeiro, durante o verão, atingiu uma rendibilidade de 7,6% e investe no sector das infraestruturas. Foi o maior destaque no terceiro trimestre do ano, onde apresentou a melhor rendibilidade do mercado.

Relativamente ao segundo, a sua rendibilidade foi de 6,17%. Investe no segmento de capital de risco e, por exemplo, tem em carteira, a Magnum Capital, uma das empresas líder de private equity da Península Ibérica que realizou alguns negócios nos últimos meses como foi o caso da compra da Geriátricos del Principado ou do Grupo educativo NACE.

Outono longe da Europa

A poucos dias do final do outono, que se iniciou a 23 de setembro e que termina na próxima semana, os produtos mais rentáveis do mercado nacional investem bem longe do Velho Continente. No período analisado – de 23 de setembro a 14 de dezembro – o produto mais rentável é o Caixagest Acções Japão que é gerido pela Caixagest. No período em questão atinge ganhos de 10,74%, sendo o único produto que regista um incremento de dois dígitos. Na carteira, entre os maiores investimentos, encontramos a parte financeira da Mitsubishi, para além da Sony e da Yamaha.No final de novembro o seu património era superior a 18 milhões de euros.

Logo depois surgem dois produtos que investem do outro lado do Atlântico Norte: o Caixagest Acções EUA e ainda o Santander Acções América. O primeiro com uma rendibilidade de 6,90%; enquanto o segundo, da Santander Asset Management, consegue uma subida de 6,66%.