As informações que sustentaram o otimismo de Draghi

A tendência de descida do EUR/USD ganhou força esta semana graças ao contexto macroeconómico. Os bons dados Americanos contrastam com as surpresas pelo lado negativo na UEM. 

A revisão em baixa do PMI de serviços Alemão na UEM e a subida do emprego privado nos Estados Unidos, expresso pelo índice ADP,  assim como o ISM de serviços Americano, demonstram que o aumento do consumo deverá suportar o crescimento e permitir um bom desempenho da economia Americana no primeiro semestre de 2015. 

Na Europa, realce para a reunião do BCE, onde Mario Draghi, cautelosamente optimista, apontou a próxima segunda feira como a data de arranque do programa QE. 

O BCE deixou a taxa de refinanciamento em 0.05% e a taxa de depósito em -0.20%, e Draghi confirmou o cenário de recuperação na Europa, com o sentimento no negócios e no consumo a melhorar, e reviu em alta as suas previsões de crescimento ( 1.5% este ano e 1.9% em 2016 ). O BCE reviu em baixa a sua previsão de inflação para 2015 de 0.7% para 0.0%, mas a previsão de inflação para 2017 subiu para 1.8%.

Pelos motivos acima, o Banco Central Europeu não vê nenhuma razão para alterar o seu programa de compra de activos até setembro de 2016.

A descida do preço do petróleo, a queda do Euro face ao Dólar e a entrada em acção do QE são motivos suficientes para a melhoria das previsões e para o relativo optimismo de Mario Draghi.

(Imagem: INSM, Flickr, Creative Commons)