Amundi compra Pioneer Investments à UniCredit por 3.545 milhões de euros

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Após algumas notícias que davam contam das negociações entre a Amundi e a UniCredit para a compra da Pioneer Investments por parte da gestora francesa, o negócio foi realizado. De acordo com a comunicação oficial da Amundi, a entidade gestora já assinou um "contrato vinculativo com a UniCredit para adquirir a Pioneer Investments por um valor total de 3.545 milhões de euros". O mesmo comunicado informa que a "Amundi irá formar uma parceria estratégica de longo-prazo com a UniCredit para a distribuição de produtos de gestão de ativos".

Com esta aquisição, a Amundi será a maior entidade gestora europeia com mais de 1.276 mil milhões de euros em ativos sob gestão,o que a torna na oitava maior entidade a nível global. Recorde-se que a Pioneer Investments tinha um património de 222 mil milhões de euros em património.

Com o negócio, a Amundi reforça a sua posição de liderança nos mercados europeus - sendo a líder em França, e estando no pódio em países como Itália, e Áustria; além da posição de destaque na Alemanha. Também irá beneficiar de uma plataforma que é líder em termos de gestão e de distribuição no mercado norte-americano. A sua base de clientes institucionais também vai crescer, tal como a experiência nos produtos financeiros, existindo ainda um aumento da diversificação e da sua oferta global. Para isto, o comunicado oficial refere que "a Pioneer irá reforçar o know-how da Amundi em várias classes de ativos, como ações europeias, norte-americanas e emergentes, multiativos e ainda obrigações norte-americanas". Já os clientes da Pioneer e da Unicredit vão beneficiar dos serviços de "Smart Beta, ETFs, ativos reais e alternativos", além da "gestão discricionária, global fixed income, ações globais e ainda produtos do mercado monetário".

A Amundi revela, também, que a compra da Pioneer será "criadora de valor de forma significativa" para os seus acionistas, devido a um grande "potencial de sinergias" que avalia em cerca de 180 milhões de euros nos próximos três anos, dos quais 150 milhões serão em termos de custos e os restantes 30 milhões em receitas (para o desenvolvimento de cross-selling e de outras optimizações).

A expetativa é que o negócio seja confirmado pelos reguladores até ao final do primeiro semestre do próximo ano.