Alocação de ativos defensiva no terceiro trimestre

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sully_glasgow, Flickr, Creative Commons

O primeiro semestre trouxe valorizações às carteiras recomendadas da Invest Gestão de Activos. Segundo o último Outlook publicado pelo Banco Invest, para o terceiro trimestre e que faz o balanço do primeiro semestre, a carteira do Invest Conservador conseguiu subir 3,6% enquanto o Invest Dinâmico cresceu 5,7%. Analisando os últimos doze meses “as valorizações acumuladas ascendem a 9% e 18,1%, mais 60 e 170 pontos base do que os respetivos benchmarks”, segundo a publicação da entidade.

Para este crescimento nos primeiro seis meses do ano contribuíram, “em larga medida, a exposição aos mercados acionistas periféricos e às obrigações europeias de High Yield, incluindo a dívida pública nacional. Destaque ainda para o investimento oportunístico no mercado acionista turco”.

A defesa é o melhor ataque!

De acordo com o Outlool publicado, “a alocação de activos mantém-se particularmente defensiva, com uma elevada percentagem em liquidez e aplicações sem risco“. Comparando entre Europa e Estados Unidos da América os especialistas da Invest Gestão de Activos afirmam que “os mercados europeus permanecem mais interessantes, ainda que o diferencial face ao congénere norte-americano se tenha reduzido no último trimestre”.

No entanto, existe também uma ligeira preocupação na equipa de Gestão de Activos do Banco Invest sobre as yields das obrigações. “Preocupa-nos presentemente as (muito baixas) yields das obrigações de dívida pública core, as quais têm sustentado os prémios de risco das ações”.  Já a “normalização monetária poderá acontecer mais cedo do que o descontado actualmente, penalizando a dívida pública e, finalmente, as acções. Ou seja, as acções não estão “caras”, mas certamente vulneráveis, considerando a expectável subida das yields da dívida pública, sobretudo nos Estados-Unidos, num cenário de descida da taxa de desemprego e aumento das pressões inflacionistas”, afirmam.

Sectores no radar de observação

Entre os diversos sectores que existem no mercado, o Banco Invest vai manter o “overweight no sector financeiro, a nível global”. Além deste, também o sector tecnológico nos EUA e o Energético tanto nos EUA como na Europa continuam a ser interessantes, tal como o sector automóvel “cuja avaliação permanece interessante em termos relativos e com potencial de valorização, refletindo a recuperação do consumo privado.”

Emergentes com aumento de peso

“Durante o primeiro semestre, foi aumentada a exposição aos mercados acionistas emergentes, a qual até à data era residual. Na base desta decisão estiveram mais uma vez as avaliações”, conforme se lê no relatório publicado pelo Banco Invest. Os especialistas destacam o PER do MSCI Emerging que “transaciona a 11,6x e 10,4x os resultados esperados para 2014 e 2015”.

Sobre high yield, o Banco Invest mantem “a exposição a high yield europeu. Os spreads estão a níveis historicamente baixos, mas em linha com a valorização das acções, considerando a relação histórica entre estas duas classes de activas. Ou seja, os spreads estão baixos, mas não estão “caros” face às acções, que registam igualmente valorizações significativas nos últimos meses”, concluem.