A indústria mundial de fundos ressente-se

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algo, Flickr, Creative Commons

A indústria de fundos em termos mundiais não teve o melhor final de terceiro trimestre de sempre. Segundo o último relatório estatístico elaborado pela Associação Europeia de Fundos e Gestão de Activos (EFAMA), com dados reunidos de 46 países, a desaceleração estendeu-se à indústria de fundos de todo o mundo que perdeu, em conjunto, cerca de 5,9% de património gerido em euros – cerca de 5,7% em dólares – até se situar nos 34,9 biliões de euros no final de setembro, face aos 37,1 biliões acumulados três meses antes.

As captações líquidas também registaram uma queda substancial, passando dos 596.000 milhões de euros registados em junho, para os 230.000 no final do terceiro trimestre. Embora todas as classes de ativos tenham sido afectadas, os fundos mistos foram particularmente prejudicados, tendo registado resgates no valor de 34.000 milhões de euros no período depois de entradas de mais de 340.000 milhões no trimestre anterior.

Pelo contrário, os investidores “apostaram” nos fundos de mercado monetário durante este período de instabilidade, e a classe de ativos captou 181.000 milhões de euros face aos resgates líquidos de 20.000 milhões sofridos entre abril e junho.

A 30 de setembro, os fundos de ações concentravam aproximadamente 39,2% do património mundial, os de obrigações 21,1%, e os fundos mistos 18,4% face aos 12,4% representados pelos monetários.

Por países/regiões, os Estados Unidos mantêm uma quota de mercado de 48,4%, seguidos da Europa (33,8%), da  Austrália (3,7%), Japão (3,2%), Canadá (3,0%), Brasil (2,9%), China (2,6%), Coreia do Sul (0,9%), África do Sul (0,4%) e da Índia (0,4%).